Pr. Daniel Ruziska

Cultivando a Palavra

Pr. Daniel Ruziska

Publicado

há 1 ano

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Cultivando a Palavra

“Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus.” (Lucas 9:62)

Numa Olimpíada ou em outra modalidade de competição, a tendência é que o atleta venha a competir com honestidade, sem doping e seguindo as regras dos eventos esportivos e dos jogos para vencer e ser coroado com os louros da vitória.

Por sua vez, o lavrador tem de trabalhar arduamente de sol a sol, dia após dia, e o sucesso da lavoura não é conseguido somente com seu muito esforço. Ele depende também do tempo de espera e das estações climáticas - o sol e a chuva no tempo certo -, para que venha a ter sucesso em seu trabalho. Isso demanda tempo, não acontece em minutos ou segundos como para o atleta.
E isso é bem mais difícil em países menos desenvolvidos, onde não existem as técnicas de mecanização e acompanhamento climático pelos satélites na agricultura.

Nestes lugares, o sucesso da plantação, da exploração da terra, depende de muito mais esforço físico e habilidades no manejo de ferramentas manuais por parte do trabalhador. Como dependem também das evoluções climáticas em seu tempo certo. Mesmo com todas essas adversidades, uma vez posto a mão no arado, o trabalhador rural não pode olhar para trás. Ele tem que acreditar, confiar que vai dar certo. 

No texto acima, Jesus diz que, uma vez começado o trabalho, não se pode parar sem que haja perdas ou prejuízos. Ao contrário do atleta, a vida do agricultor é totalmente desprovida de aplausos. Contudo, a primeira parte, o primeiro fruto da sua colheita, pertence a ele; é seu de direito. É uma recompensa pelo seu esforço, cuidado e espera.

Por isso, os acomodados e os preguiçosos jamais serão bons agricultores. Provérbios 20-4 diz: “O preguiçoso não lavra no outono; pelo que mendigará na sega, e nada receberá.” Verdadeiramente, a conversão e a santidade são a semente do Espírito Santo semeada em nossas vidas, sendo que o Espírito Santo é o principal agricultor.

Claro que nós temos que fazer a nossa parte. Temos que cultivar a boa semente para que dela tenhamos a colheita com frutos de qualidade, que geram satisfação em nossas vidas e na vida de outras pessoas. 

Queridos, santidade requer esforço e aprendizado. Requer investimento de tempo.  Tem que sair do sofá, do Face, do WhatsApp, da zona de conforto. Santidade não brota sem semente e não cresce sem cultivo.

Daniel Ruziska é um homem de 62 anos, que se formou em administração e atuou por 20 anos em supervisão industrial. Empresário na área de seguros, cursou seminário teológico pela igreja presbiteriana, líder e ministro de vários cursos pela Universidade da família de Pompéia, com especialização em aconselhamento. Daniel é pastor presidente da Igreja Bíblica Cristã há 18 anos, membro da diretoria do Compeg de Guararema.