Natasha Santos

Passaporte de Vacinação

O Novo Direito

Natasha Santos

Publicado

há 3 anos

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Passaporte de Vacinação

Reprodução/Shutterstock

Ante o surgimento da variante Ômicron do coronavírus e a notícia de sua chegada ao Brasil, tem-se debatido novamente a exigência do passaporte de vacinação para quem deseje entrar no território nacional.

Já objeto de artigo passado, falamos a respeito da possibilidade ou não de se obrigar a vacinação em massa da população brasileira. Retomando, temos a Lei nº 6.259/1975, que instituiu o Programa Nacional de Imunizações e estabeleceu normas relativas à compulsoriedade de vacinações, atribuindo competência ao Ministério da Saúde, através da Anvisa, para determinar quais vacinas devem ser obrigatórias.

Com a nova preocupação de agravamento da situação, os parlamentares já iniciaram debates acerca da exigência de passaporte de vacinação para quem deseje ingressar no Brasil. O passaporte seria nos moldes do Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela, que é exigida por vários países, como os Estados Unidos, por exemplo.

Caso a Anvisa estabeleça que a vacina é obrigatória no Brasil, a população deverá ser vacinada e, em caso de recusa, podem sofrer diversas restrições, que podem ir desde a proibição de entrar em locais públicos ou privados, proibição de viajar em transportes coletivos, como ônibus, metrô, avião, entre outras sanções.

Insta destacar que existe previsão no Código Penal de que a disseminação de doença contagiosa é crime. E, sendo constatado que um indivíduo não tomou vacina obrigatória e a transmitiu para outrem, responderá pelos crimes previstos nos artigos 268 e 330 do Código Penal, cuja pena de detenção é de até um ano, além de multa e podendo ser aumentada de 1/3 caso o transmissor da doença seja funcionário da área da Saúde.

Advogada pós-graduada em Direito administrativo e constitucional, Natasha Santos, 29 anos,  irá, semanalmente, escrever sobre diversos assuntos jurídicos.

Com passagem pela Câmara Municipal de Guararema e Câmara dos Deputados, em Brasília, atualmente trabalha em São Paulo, como advogada especializada em direito público e eleitoral.