Natasha Santos

Apreensões em Metaverso

O Novo Direito

Natasha Santos

Publicado

há 2 anos

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Apreensões em Metaverso

Foto: Reprodução/Getty Creative

De nome no mínimo curioso, o Metaverso é apenas a nomenclatura dada ao mundo de redes virtuais, replicando a realidade e conectando pessoas e empresas através da internet. Pode ser considerada uma realidade virtual. Como exemplos, temos: Facebook, relógios, celulares e óculos conectados à internet, GPS etc.

Com as inovações tecnológicas, o mundo jurídico deve sempre fazer uma autoanálise para atender às novas demandas que surgem. Isso, pois, os crimes ocorridos no âmbito virtual começaram a se tornar cada vez mais frequentes e, devido ao recente e crescente estudo acerca do tema, o Judiciário vem se adequando ao direito digital, tratando-se de uma de suas ramificações.

Expostas essas considerações, em recentíssima divulgação pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Órgão pronunciou a sua primeira ação de busca e apreensão no Metaverso, na denominada Operação 404, cujo objetivo é combater a pirataria digital e crimes contra a propriedade intelectual.

Foram presas onze pessoas e removidos 266 sites ilegais no Brasil, 53 no Reino Unido e 6 nos Estados Unidos, além de ter havido bloqueio de 700 aplicativos de streaming e 461 aplicativos de música, páginas falsas e perfis falsos em redes sociais, todos ilegais dentro do Brasil.

A chamada operação no Metaverso é uma importante inovação no meio jurídico porque pode proteger uma quantidade incalculável de cidadãos espalhados pelo Brasil e outros países. Para se ter ideia, a Justiça Brasileira informou que no bloqueio efetuado haviam milhões de usuários (cidadãos) ativos, todos expostos aos riscos de referidas plataformas piratas e/ou ilegais, que possuíam a capacidade de roubar dados pessoais do usuário, dados bancários, e-mails e senhas pessoais.

O delegado Alessandro Barreto, que coordena o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, estimou que o prejuízo causado pelos crimes chegava à vultuosa quantia de R$ 366 milhões por ano.

Mais uma vez, vale lembrar da importância de apenas utilizar aplicativos, plataformas e sites verificados, além de muita cautela no fornecimento de informações pessoais na internet.

Advogada pós-graduada em Direito administrativo e constitucional, Natasha Santos, 29 anos,  irá, semanalmente, escrever sobre diversos assuntos jurídicos.

Com passagem pela Câmara Municipal de Guararema e Câmara dos Deputados, em Brasília, atualmente trabalha em São Paulo, como advogada especializada em direito público e eleitoral.