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Conquista de Rayssa Leal no skate abre portas para novos fenômenos

Após conquistar a prata, projetos sociais como a ONG Social Skate se mostram essenciais para que novas “Fadinhas do Skate” apareçam no Brasil.

Gustavo Nunes

Publicado

há 2 anos

em

Conquista de Rayssa Leal no skate abre portas para novos fenômenos

Breno Barros/Rede do Esporte

Competições esportivas testam não só o físico de um atleta, mas também seu psicológico. Muitas vezes algo pessoal ou interno pode fazer com que a carreira de um promissor esportista seja em vão, mas quando falamos do Skate nas Olimpíadas de Tokyo 2020, o clima de descontração nos deu mais uma medalha.

Com apenas 13 anos, a maranhense Rayssa Leal mais conhecida como a “Fadinha do Skate” levou a prata na modalidade skate street na madrugada de hoje (26). Em um pódio com média de idade de apenas 14 anos e 190 dias, além da Fadinha com a prata tivemos o ouro para a japonesa Funa Nakayama também de 16 anos e o bronze para a sua compatriota Momiji Nishiya de 13 anos, se tornando as primeiras medalhistas na nova modalidade olímpica.

Desenvolver novos esportes como o skate no Brasil se torna essencial, ainda mais quando temos projetos como a ONG Social Skate desenvolvida pelo skatista Sandro Soares junto com a pedagoga Leila Vieira na região de Clamon Viana em Poá.

Criada em 2010, a ONG tem o objetivo de servir como modificador na vida de crianças e jovens através do skate e da educação.

 

Novidade

Sendo realizada pela primeira vez nessa edição, esportes como a escalada e surfe se tornaram novidades bem acolhidas pelo Brasil, especialmente o skate que, se acordo com Sandro, foi muito bem recebida e acompanhada durante esse processo:

“Nós ficamos muito felizes quando o skate entrou, todos os competidores que estavam ali tinham chance de medalha. No sábado o Kelvin Hoefler, que é nosso amigo, também conquistou a prata masculina no street assim como a Rayssa o que aumenta a visibilidade do skate com essas medalhas”.

Rayssa Leal com os integrantes da Ong Social Skate ( Renato Lacerda e Marcelo Formiga) na etapa "pré olimpica " na Bahia em 2019. Foto: Divulgação/Social Skate.

Com entusiasmo e observando uma mudança no cenário, Sandro complementa que o desenvolvimento deve ser feito não só em estruturas, como também em projetos que incentivem a educação como ferramenta modificadora:

“Além da construção de espaços, projetos sociais como o nosso que atendem mais de 150 crianças com acompanhamento escolar, esporte educacional. A gente entende que o esporte e a educação podem mudar esse país, e são as nossas melhores armas”.

Assim como esportes que aos poucos se tornaram ícones no Brasil, o skate possui o potencial necessário para que novas Fadinhas do Skate sejam observadas e apoiadas de perto e com a estrutura necessária, podendo também se tornar ícones dentro e fora das pistas.