Ciência e Saúde

Novembro Azul: especialista fala do tabu da doença

De acordo com levantamentos do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada 38 minutos, um homem morre devido a enfermidade

Lívia Rios

Publicado

há 2 anos

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Novembro Azul: especialista fala do tabu da doença

Cerca de 60% das mortes estão concentradas em homens com mais de 75 anos / Foto: Divulgação/Prefeitura de Anápolis

O câncer de próstata é uma das doenças que mais afeta o público masculino. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), a cada 38 minutos, um homem morre devido a enfermidade. Com isso, o movimento Novembro Azul foi criado, para assim alertar esse grupo sobre a necessidade do diagnóstico precoce, já que é considerado uma representação de 29% do tumor em exames.

Em entrevista com o professor e coordenador do curso de Biomedicina da Estácio, Vivaldo Medeiros, a taxa de mortalidade da doença é considerada alta. “Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 60% das mortes pela doença estão concentradas em pessoas com mais de 75 anos. Homens de 55 a 74 anos foram responsáveis por 38% das mortes. Como resultado, 98% das mortes por câncer de próstata no Brasil ocorrem em homens com mais de 55 anos.”

O profissional aproveita também para destacar quais são os sintomas da enfermidade, para assim alertar os homens. “Os tumores prostáticos nos estágios iniciais, geralmente, não causam sintomas no paciente.”

“Porém, em estágios mais avançados podem causar: vontade de urinar frequentemente, fluxo urinário fraco ou interrompido, sangue na urina ou no sêmen, disfunção erétil, dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos se a doença se disseminou, fraqueza ou dormência nas pernas ou pés”, destaca Vivaldo.

Ele ainda menciona que o câncer prostático acomete 75% dos casos, em homens a partir dos 65 anos.

Medicina

O Dr. Danilo Galante, formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo, com especialização em Urologia pela UNESP, deu uma entrevista ao O Novo e falou sobre os fatores de risco do tumor. “Sabemos que o familiar é o mais alto, com idade acima de 50 anos, e uma dieta rica em gorduras também é uma ameaça.”

O médico ainda aproveitou para destacar sobre o tabu imposto pela doença. “Essa situação ainda é levada de forma receosa. E muito homem tem medo do tratamento, mas essa realidade tem melhorado, à medida que pacientes entendem que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura”, complementa.

Por fim, Vivaldo e Danilo estimulam a campanha. Se houver cuidado com a saúde, haverá chances de se viver ainda mais.

Lívia Rios é estudante de comunicação social • Jornalismo;

Além de repórter e apresentadora do jornal O Novo.