Ciência e Saúde

Leucemia: Doença cancerígena, que assusta a população pela taxa de letalidade, tem tratamento

Dados coletados pelo Sistema Único de Saúde informam que, entre 2007 e 2016, foram calculados 62.385 mil óbitos da enfermidade

Lívia Rios

Publicado

há 1 ano

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Leucemia: Doença cancerígena, que assusta a população pela taxa de letalidade, tem tratamento

Divulgação

A leucemia é uma doença cancerígena, que afeta as células brancas do sangue humano, classificadas como as principais partículas defensoras do organismo e que ajudam também no combate às infecções.


De acordo com dados coletados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2007 e 2016, foram contabilizados 62.385 mil óbitos ocasionados pela enfermidade. Além disso, segundo as bases do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil teve, somente em 2020, cerca de 10.810 novos casos confirmados de leucemia, caracterizando um aumento de 31,8% se comparado ao valor anterior, que era de 7.360.


Conforme uma fala da presidente da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), Merula Steagall, os casos estão destinados a aumentar ainda mais, justamente porque, até o momento, não há políticas públicas eficazes para garantir o diagnóstico precoce e o acesso rápido ao tratamento necessário.


Infelizmente, este mal continua se desenvolvendo e ocupando o “cargo” do principal problema de saúde do mundo, gerando cada vez mais consequências para os seus portadores.
 
Doença traiçoeira 

O câncer é, por si só, uma doença que abala a maioria das pessoas. Isso porque é uma enfermidade que, com o passar do tempo, se desenvolve de forma traiçoeira e que possui o aspecto cruel, pois está ligada a uma possível “sentença” de morte.


Em entrevista, a médica hematologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas (UNICAMP - 1996), e também responsável pelo atendimento na Oncoclínicas de São Paulo, Mariana Oliveira, disse que as causas da leucemia são devido às mutações genéticas nas células hematopoiéticas, responsáveis pela produção das células sanguíneas (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). “Estas mutações fazem com que a célula hematopoiética passe a produzir uma grande quantidade de células anormais, que não conseguem desempenhar sua função, ocupando a medula óssea e impedindo que células normais sejam produzidas”, esclareceu.


Além de explicar as causas da enfermidade, a especialista aproveitou também para alertar sobre os sintomas que costumam aparecer. Entre eles, estão: febre, calafrios, infecções que não se resolvem ou que são recorrentes. Contudo, ainda há outros, que merecem atenção, como sudorese noturna e emagrecimento sem causa, manchas roxas no corpo, palidez, etc.


Fora isso, a médica destaca, também, que existem alguns tipos de leucemia: crônica e aguda. Neste caso, ela diz que os casos de leucemia aguda são mais graves, pois desempenham uma evolução rápida e necessitam de tratamento imediato.


Em suma, a hematologista ressalta que ainda não existe nenhuma forma de prevenção da doença. “Por isso, é importante estar atento e procurar um médico sempre que tiver algum dos sintomas. Assim, será possível fazer os exames diagnósticos com rapidez e escolher o tratamento mais adequado para o caso do paciente”.

Lívia Rios é estudante de comunicação social • Jornalismo;

Além de repórter e apresentadora do jornal O Novo.