Brasil

Candidatos à Presidência comemoram o 7 de Setembro

Segundo sociólogo, ações serão levadas em conta na decisão do voto

Fabrício Mello

Publicado

há 2 anos

em

Candidatos à Presidência comemoram o 7 de Setembro

Divulgação

Nesta quarta-feira (7), o Brasil comemorou o bicentenário de sua independência. Em todo o País, a data foi marcada pela presença de desfiles cívico-militares e manifestações e mensagens dos candidatos à Presidência da República.

Em suas redes sociais, Lula (PT), primeiro colocado nas pesquisas, divulgou um vídeo de artistas cantando o Hino Nacional durante comícios e escreveu que “7 de setembro deveria ser um dia de amor e união pelo Brasil”, mas que “infelizmente, não é o que acontece hoje”. 

O segundo colocado nas pesquisas, o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), compartilhou o show de fogos de artifício na Torre de TV de Brasília, que foi realizado na noite de terça-feira (6), e escreveu: “Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil!”.

Ciro Gomes (PDT), o terceiro colocado, celebrou a data e pediu que “Deus nos abençoe para que nada nem ninguém seja capaz de roubar a nossa paz e a nossa liberdade”. 

E Simone Tebet (MDB), quarta melhor colocada nas pesquisas, ressaltou que “a independência ainda é um sonho a ser atingido” e pediu por menos desigualdade. 

Procurado pela redação do O Novo, o professor e sociólogo Afonso Pola comentou sobre as ações dos presidenciáveis durante o bicentenário da Independência do Brasil.

“É importante ressaltar que todos os candidatos a presidente se manifestaram publicamente sobre os 200 anos da independência, usando a data como um momento importante de fortalecimento dos preceitos republicanos, da cidadania e da democracia”, analisou Pola.

Entretanto, segundo o especialista, os demais candidatos se manifestaram de forma a se contrapor ao discurso de campanha do atual presidente. Ele destaca que a fala de Bolsonaro vai “na contramão das outras manifestações", uma vez que ela insinua que o atual governo já é a garantia dessa liberdade.

E, em relação ao impacto das ações adotadas pelos candidatos à Presidência da República durante o bicentenário da independência, o sociólogo aponta que elas, muitas vezes, “são levadas em consideração no posicionamento e comportamento dos eleitores e na própria definição do voto”, ou seja, “provavelmente, resultarão em movimentações no atual cenário da disputa pelo Planalto.”

“As pesquisas, apesar de se constituírem em apenas um retrato de um determinado momento, são importantes inclusive para que os candidatos percebam como os eleitores estão reagindo em relação a seus atos e mensagens”, ressaltou Pola.