Ciência e Saúde

Influenciadora Maíra Cardi revela sofrer com a síndrome de Burnout por causa da vida agitada

Psicóloga Cristine Santos revela que a pandemia da Covid-19 pode ter influenciado no aumento de casos da síndrome do esgotamento 

Tatiana Silva

Publicado

há 1 ano

em

Influenciadora Maíra Cardi revela sofrer com a síndrome de Burnout por causa da vida agitada

Síndrome é comum em profissionais que trabalham diariamente sob pressão, dizem especialistas/Foto: Reprodução

A influenciadora fitness Maíra Cardi, de 38 anos, publicou esta semana um desabafo em seu Instagram para contar que desenvolveu a Síndrome de Burnout. Ela relatou que o acúmulo da maternidade, trabalho, casamento, separação, Big Brother, a filha Sophia doente e as empresas que administra contribuíram para o quadro.

“E ainda somando a intensidade que vivo a vida, veio o burnout. Todos os que podem existir. Como lidar com isso tudo e os sintomas de tamanho desgaste?”, comentou Maíra ao falar do assunto em seus stories do Instagram.

No mundo das celebridades, diversos famosos já expuseram suas vulnerabilidades e confessaram que possuem a síndrome. Como é o caso da cantora Anitta, que, em 2019, precisou dar uma pausa em sua agenda de shows e cancelou seu programa no Multishow.

O termo burnout foi adotado do inglês para descrever o esgotamento profissional; ele também é conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional, que é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse, esgotamento físico, ausência no trabalho, agressividade, dores de cabeça, dores musculares, insônia e cansaço.

A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como: médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, entre outros.

O diagnóstico deve ser feito por um profissional especialista após análise clínica do paciente. O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais de Saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma de tratamento, conforme cada caso.
De acordo com a psicóloga Cristine Santos o impacto da pandemia pode ter afetado ainda mais o dia a dia no trabalho das pessoas: “A pandemia foi um acontecimento muito negativo para todos nós. Foi impactante e os casos de ansiedade por excesso de medo aumentaram significativamente, Consequentemente, o estresse aumentou, refletindo no ambiente de trabalho. 

Por essa razão, a pandemia pode, sim, ter contribuído para o aumento de casos, isto é, o medo, o desemprego e a volta ao trabalho para recuperar a economia são fatores estressantes, causando, inclusive, os sintomas de Burnout.”

Segundo o médico dr. Drauzio Varella, a síndrome é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O dr. recomenda que, ao sentir os sintomas, é imprescindivel procurar atendimento médico. O tratamento é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos como: antidepressivos e/ou ansiolíticos.
Pela legislação atual, portadores de burnout podem ter licença médica e, em casos considerados graves, até a aposentadoria por invalidez.

“Buscar melhor qualidade de vida, boa alimentação, dormir nos horários apropriados, evitar álcool, drogas ou outros estimulantes e psicoterapia são importantes para prevenção”, recomenda a especialista Cristine.