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Professor de Mogi ataca cinegrafista no Santuário de Aparecida

Após xingamentos e ameaças, foi registrada uma ocorrência contra o agressor; medidas judiciais seguem em andamento

Fabrício Mello

Publicado

há 3 anos

em

Professor de Mogi ataca cinegrafista no Santuário de Aparecida

“Já faz um bom tempo que nós, do Jornalismo, estamos convivendo com ofensas, ameaças e agressões. Hoje a vítima fui eu”, contou Matazo, em suas redes sociais. Foto: Reprodução/Twitter.

Na tarde desta terça-feira (12), o repórter cinegrafista Leandro Matozo foi agredido no Santuário de Aparecida, interior de São Paulo, após a sua equipe decidir realizar uma gravação externa do ambiente. Eles estavam se preparando para realizar uma transmissão ao vivo, quando tudo aconteceu.

O agressor Gustavo Milsoni, segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, é professor na Escola Estadual Cid Boucault, em Jundiapeba. Ele foi conduzido junto aos jornalistas para uma companhia da PM, onde foi registrada uma Notificação de Ocorrência. 

Durante o ataque, o agressor ofendeu a equipe com xingamentos contra eles e contra a Globo News, mídia à qual a equipe é filiada, e afirmou: “Se eu pudesse, matava vocês!” Um colega de Matozo, Victor Ferreira, diante das agressões, chamou os policiais militares que faziam a segurança do evento. 

O professor, entretanto, não parou os ataques, se aproximou de Matozo e o agrediu fisicamente, com uma cabeçada em seu rosto. O cinegrafista teve sangramento no nariz, mas passa bem.

“Registramos uma ocorrência na PM, que não quis conduzir o agressor para a delegacia para não “prender a viatura” no DP, alegando uma tal resolução 150. O agressor foi liberado antes mesmo que nós; e ainda pegou carona no carro da PM para voltar ao santuário”, relatou o repórter Victor Ferreira, pelo Twitter.

“O ato covarde se insere num contexto de intimidação cada vez mais recorrente de profissionais de imprensa que estão nas ruas para cumprir a função social de levar informação às pessoas”, lamentou o Sindicato, pelas redes sociais, “a agressão é um ato de ataque à liberdade de imprensa. Atinge a ponta mais exposta nesse processo, que é o profissional da comunicação”, complementou.