Brasil

Câmara dos Deputados rejeita proposta do voto impresso

Projeto de Emenda Constitucional, apoiado por Jair Bolsonaro, foi rejeitado por não atingir 308 votos favoráveis

Vania SousaGustavo Nunes

Publicado

há 3 anos

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Câmara dos Deputados rejeita proposta do voto impresso

Divulgação - Deputados da região Bertaiolli e Marcio Alvino votaram contra; Roberto de Lucena está licenciado por causa da Covid

Nesta terça-feira (10), o Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, rejeitou o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que tornaria obrigatório o voto impresso nas eleições brasileiras.

Defendida e encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro, a votação no plenário contou com a presença dos deputados federais de seus respectivos Estados, que demonstraram suas posições por meio do voto.

Por 229 votos a favor 218 contra e 1 abstenção, a Câmara dos Deputados definiu que a PEC não deveria ser levada adiante, como não atingiu o mínimo de 308 votos favoráveis, o texto será arquivado.

Entre os deputados, tivemos a presença de dois representantes da região do Alto Tietê que participaram ativamente das votações: Márcio Alvino (PL) e Marco Bertaiolli (PSD), que votaram contra o voto impresso. Além deles, Roberto de Lucena (Podemos), que também representa a região no Congresso, não compareceu à votação, pois está afastado por conta da Covid-19.

Para o deputado federal Marco Bertaiolli, de Mogi das Cruzes, existem assuntos mais importantes a ser tratados no Brasil, como a fome, a pandemia, o desemprego, entre outros. “As urnas eletrônicas foram implantadas há 25 anos no Brasil, sem que uma fraude fosse comprovada e o voto pode ser auditado e aferido a qualquer momento pelo eleitor ou pelos órgãos fiscalizadores, independentes e competentes”. 

Já o deputado federal pelo PL, Marcio Alvino, justificou seu voto na sessão desta terça dizendo que as prioridades do País deveriam o avanço da vacinação contra a Covid-19 e o incentivo de projetos para a retomada da economia e a geração de empregos. “Sou a FAVOR de melhorar a auditoria já existente das urnas eletrônicas; hoje os votos já são auditáveis, com emissão das zerésimas de cada urna antes do início da votação; e com a emissão de cinco vias do boletim de urna, no final da votação, o que reforça a transparência e segurança da urna eletrônica." 

Em suas redes sociais, o deputado federal Lucena (Podemos) lamentou sua ausência na votação, mas reforçou seu posicionamento referente ao caso: “Lamento que o resultado da votação da PEC do voto impresso ontem (10) não corresponda, em minha opinião, à expectativa da maior parte do povo brasileiro. Estou afastado, com atestado, tratando da Covid, mas defendi e defendo a condição de auditarmos o voto”, completou.