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Desenvolvimento Organizacional

Como o foco está sendo roubado dentro das empresas

Vinicius Vilela

Publicado

há 1 hora

em

Como o foco está sendo roubado dentro das empresas

Reprodução

Um dos maiores desafios das organizações modernas é manter o foco dos colaboradores. Vivemos em uma era em que a atenção, antes considerada um recurso natural, tornou-se um dos bens mais disputados da vida contemporânea. O escritor Johann Hari, em seu livro Foco Roubado, revela algo essencial: não estamos perdendo o foco por falta de disciplina, ele está sendo roubado.

Dentro das empresas, esse roubo acontece de várias maneiras. A primeira é o excesso de informações. Mensagens, notificações, reuniões sem propósito e uma avalanche constante de estímulos fazem com que o cérebro trabalhe em estado de alerta permanente. Quando tudo parece urgente, nada realmente importante recebe a atenção necessária. Somado a isso, o excesso de tecnologia contribui para a fragmentação da mente. Ferramentas que deveriam facilitar o trabalho acabam criando dependência, interrupções constantes e uma falsa sensação de produtividade. A consequência é um colaborador presente fisicamente, mas ausente mentalmente.

Outro ladrão silencioso é a cultura da multitarefa. Muitas empresas ainda valorizam profissionais que fazem várias coisas ao mesmo tempo, mas a ciência é clara: a multitarefa reduz a produtividade, aumenta erros e rouba a capacidade de concentração profunda. Ao forçar um colaborador a dividir sua atenção, perde-se qualidade, foco e energia mental.

Também é preciso falar sobre a falta de autonomia. Quando o colaborador não tem liberdade para tomar decisões, seu engajamento diminui. Sem autonomia, não há motivação; sem motivação, não há foco; sem foco, não existe alta performance. Pessoas que não podem pensar por conta própria apenas executam, e quem só executa, eventualmente desconecta.

Por fim, outro fator crítico é a ausência de tempo para o ócio criativo. Empresas que exigem produtividade contínua, sem pausas, descansos mentais ou momentos para reflexão, acabam matando a inovação. Grandes ideias não surgem apenas na execução, mas nos intervalos, nos espaços onde a mente respira. Ambientes que não oferecem esse tempo sufocam o potencial criativo de suas equipes.

Se quisermos organizações mais produtivas, inovadoras e saudáveis, precisamos devolver às pessoas aquilo que lhes foi tirado: atenção, autonomia e tempo de qualidade. O foco não é apenas uma habilidade, é uma condição que precisa ser protegida.

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Mentor em Produtividade. Teólogo, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas e Competencias pela Unifil. Pós Graduado em Coaching e Excelencias Humanas pela Unifil. Especialista em Analise Comportamental pelo Igt. Especialita em Auto Sobotagem. Graduando Psicología e Especialista Em Alta Performance.

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