Alta Performance: O que realmente sustenta grandes resultados

Hoje em dia, um dos grandes problemas que encontro dentro das organizações é que muitos líderes não conhecem bem seus liderados. Isso acontece, muitas vezes, pela falta de capacitação da liderança e pelo desconhecimento de ferramentas que ajudam a entender melhor o perfil das pessoas.

Para extrair o melhor da sua equipe, é necessário saber como cada membro funciona. Quando não temos esse conhecimento, não somos assertivos na comunicação, nos feedbacks, no desenvolvimento dos pontos fortes e, consequentemente, não conseguimos extrair o melhor de cada um.

Uma maneira simples e eficaz de conhecer melhor sua equipe é aplicar a Análise de Perfil Comportamental DISC, metodologia criada pelo Dr. William Marston em 1923, e que hoje ajuda milhares de empresas, times, igrejas e famílias a se conhecerem melhor. Os quatro perfis são: Executores, Comunicadores, Planejadores e Analistas. Quando sabemos o perfil das pessoas, fica muito mais fácil se relacionar com elas, trabalhar em conjunto e até discutir ideias de forma saudável. Todos os perfis possuem características positivas e desafios.

Executores
Foco em resultados, proativos, diretos, gostam de desafios. Em seus pontos de atenção: impaciência, pouca tolerância a erros e tendência a atropelar processos.

Comunicadores
Foco em pessoas, comunicativos, otimistas, inspiradores, influenciadores e criativos. Nos desafios: desorganização, impulsividade, pouco foco em detalhes e muita iniciativa com pouca finalização.

Planejadores
Foco em segurança, pacientes, bons ouvintes, comprometidos, leais e equilibrados. Nos desafios: resistência a mudanças, dificuldade de dizer “não” e lentidão na tomada de decisão.

Analistas
Foco em excelência e processos, analíticos, organizados e fãs de padrões e regras. Nos desafios: perfeccionismo excessivo, exigência elevada consigo e com os outros, e dificuldade em lidar com imprevistos.

Não existe “melhor” ou “pior” perfil. O que existe é pessoa, e pessoas funcionam de maneiras diferentes. Como diz Joel Jota: “pessoas precisam de pessoas”, e, para isso, é fundamental conhecer pessoas.

Atualmente, está cada vez mais desafiador criar um ambiente de trabalho saudável que gere resultados tanto para a liderança quanto para os colaboradores. Quero compartilhar seis chaves fundamentais que influenciam positivamente qualquer organização.

A primeira chave é a flexibilidade, o quanto os colaboradores se sentem livres para inovar sem enfrentar burocracias excessivas. A flexibilidade gera autonomia, e a autonomia, por sua vez, promove liberdade para criar, propor ideias e resolver problemas de forma mais eficiente.

A segunda chave é o sentimento de responsabilidade com a organização. Quando o colaborador se sente pertencente e seguro, ele naturalmente vai criar reponsabilidade  por suas atitudes e resultados dentro da função que exerce.

A terceira chave é atuar de acordo com os próprios talentos e principais habilidades. Quando isso acontece, o trabalho flui de maneira leve, produtiva e prazerosa. Fazer o que se gosta é, sem dúvida, um grande diferencial.

A quarta chave é uma liderança que inspira pelo exemplo. Quando o líder dá o exemplo, o ambiente de trabalho torna-se o reflexo de suas atitudes. Seus comportamentos influenciam diretamente o clima organizacional e motivam os demais a seguirem o mesmo caminho.

A quinta chave é poder expressar sentimentos e opiniões sem julgamentos. A fala de cada pessoa é importante para o crescimento coletivo. Esse tipo de ambiente estimula a motivação, o engajamento e a troca de percepções construtivas sobre o que pode ser melhorado.

A sexta e última chave é a inteligência emocional. Sem essa habilidade comportamental, dificilmente haverá bons resultados sustentáveis. Toda empresa deve ajudar seus colaboradores a desenvolverem a capacidade de gerenciar as próprias emoções, pois isso impacta diretamente o desempenho  clima organizacional e as relações interpessoais.

Concluo este artigo afirmando que a prática dessas seis chaves pode transformar completamente qualquer organização. Agora é hora de colocar esses princípios em ação e colher os resultados transformadores que eles podem gerar no ambiente de trabalho.

Vivemos uma era em que as empresas buscam profissionais multitarefas, superprodutivos e emocionalmente equilibrados. No entanto, poucas investem em treinamentos que desenvolvam o foco, uma das competências mais essenciais para o desempenho humano.

Hoje, a atenção está sendo roubada pelo excesso de tecnologia, ambientes barulhentos e interrupções constantes. E isso tem um custo enorme para a produtividade e a qualidade do trabalho. O primeiro inimigo: a velocidade. O primeiro grande inimigo do foco é a pressa. A cultura do “tudo para ontem” faz com que os colaboradores trabalhem em ritmo acelerado, muitas vezes sacrificando a compreensão profunda das tarefas. Velocidade não é sinônimo de produtividade. Quando aceleramos demais, diminuímos nossa capacidade de inovar, pensar com clareza e sermos assertivos nas decisões. É preciso desacelerar para pensar melhor e seguir o planejamento com equilíbrio e propósito.

O segundo inimigo: o excesso de informação. Nosso cérebro só consegue manter um ou dois focos de atenção por vez. Quando somos bombardeados por mensagens, e-mails e notificações, a mente se fragmenta. Pesquisas do professor Michael Posner, da Universidade do Oregon, mostram que, a cada interrupção, levamos em média 23 minutos para recuperar o mesmo nível de foco anterior. Agora imagine esse tempo multiplicado por dezenas de interrupções diárias… é um prejuízo silencioso, mas devastador.

O terceiro inimigo: a falta de tempo e espaço para pensar. A maioria das empresas vive em ambientes barulhentos e reativos, onde tudo precisa ser resolvido “para ontem”. Mas o foco exige tempo e silêncio, tempo para refletir, organizar as ideias e gerar clareza mental. Sem esse espaço, a criatividade e a inovação são sufocadas antes mesmo de nascerem.

Como recuperar o foco nas organizações

Sim, é possível ter mais foco no trabalho, e isso começa por mudanças simples e intencionais:

1. Evite exigir multitarefas. Incentive a conclusão de uma tarefa por vez.
2. Filtre as informações. Envie comunicações de forma organizada e no momento certo.
3. Crie ambientes de concentração. Dê tempo e espaços tranquilos para que as pessoas possam pensar, criar e entregar o melhor de si.