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PL pode se tornar a maior bancada da Câmara

Filiação de novos nomes ocorre durante a janela partidária, período onde não há punição para parlamentares por trocar de partido

Fabrício Mello

Publicado

há 2 anos

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PL pode se tornar a maior bancada da Câmara

Costa Neto disse que pretende respeitar realidades locais e que não vai punir eventuais palanques com outros candidatos. Foto: Reprodução/Youtube

O PL, legenda atual do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, está próximo de se tornar a maior bancada na Câmara, atrás apenas do União Brasil, partido com maior número de deputados na casa. Neste final de semana, 17 políticos se filiaram ao PL. 

Com a abertura da janela partidária, período que começou em 3 de março e segue até 1º de abril, a movimentação entre parlamentares se intensificou no cenário político nacional, uma vez que não há punição para a troca de partidos durante esse período. 

Esse avanço da sigla sobre parlamentares da base de Bolsonaro tem deixado cadeiras vazias em outros partidos. No Progressistas em São Paulo, por exemplo, três dos quatro deputados da bancada deixaram ou estão para deixar a sigla durante a janela partidária. 

O PP chegou a negociar a filiação de Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli para reforçar o partido, entretanto, as conversas esfriaram e o ato não ocorreu. Agora, a filiação de ambos ao PL deve ocorrer nesta quarta, em evento na sede da sigla, em Brasília.

Valdemar Costa Neto, presidente da legenda de Bolsonaro, já chegou a sinalizar para correligionários que pretende respeitar as realidades locais e afirmou que não pretende punir eventuais palanques com outros candidatos.

Movimentação em outros partidos

No Paraná, o ex-governador Roberto Requião, nome forte da esquerda no estado, irá se juntar ao PT, conforme anúncio feito no domingo (13) mesmo dia em que o ex-senador se lançou candidato ao governo do estado. Promovido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT, o evento de filiação deve ocorrer nesta sexta-feira (18).

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, deve trocar nos próximos dias o PSDB pelo PSD, de Gilberto Kassab. O gaúcho cogita disputar a presidência da República no lugar do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que desistiu de sua candidatura ao Palácio do Planalto. 

Em novembro passado, Leite foi derrotado pelo governador de São Paulo, João Doria, nas prévias do PSDB para ser pré-candidato à presidência.