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Nacional

Câmara derruba MP que criava nova carga tributária sobre investimentos

Governo sofre derrota na Câmara; confira o posicionamento dos parlamentares locais

Pedro Henrique

Publicado

há 3 horas

em

Câmara derruba MP que criava nova carga tributária sobre investimentos

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados retirou de pauta na quarta-feira (8), a Medida Provisória 1303/25, que propunha unificar a tributação sobre aplicações financeiras em 18% e aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, incluindo fintechs. Com 251 votos favoráveis à retirada e 193 contrários, a medida perde validade nesta quarta-feira (8), frustrando mais uma tentativa do governo Lula de aumentar a carga tributária sobre o setor produtivo e os investimentos.

A oposição liderou a articulação para barrar a proposta, apontando os riscos de mais impostos e insegurança jurídica. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que “o país não aguenta mais essa sanha arrecadatória”, e o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) criticou a irresponsabilidade fiscal do governo, que “continua tentando cobrar mais da população sem cortar gastos”.

Os deputados Delegado Palumbo (MDB), Kim Kataguiri (União) e Marcio Alvino (PL) votaram a favor da retirada da MP, ou seja, contra o avanço do aumento de impostos, . O deputado Rodrigo Gambale (Podemos), por outro lado, votou contra a retirada, apoiando o texto do governo. Já Marco Feliciano (PL) esteve ausente na votação.

Mesmo após várias concessões feitas pelo relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), como a manutenção da isenção para títulos do agronegócio e a retirada da taxação sobre apostas esportivas, a base governista não conseguiu garantir apoio suficiente para aprovar a proposta.

Zarattini acusou interferência política de lideranças regionais e chegou a afirmar que “a arrecadação prevista era essencial para o equilíbrio fiscal”. O governo estimava arrecadar R$ 17 bilhões em 2026 com a MP, valor inferior à projeção inicial de R$ 21 bilhões. Sem a aprovação, o Executivo agora terá que buscar novas fontes de receita ou fazer cortes no orçamento, incluindo em emendas parlamentares.

Com a perda da vigência da MP, ficam mantidas as regras atuais de tributação sobre investimentos, evitando novos encargos sobre investidores e empresas. A retirada de pauta foi celebrada como uma vitória da oposição, do setor produtivo e dos contribuintes.

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