Ciência e Saúde

Guararema e Mogi liberam entrada sem máscaras em local fechado 

Uso do acessório de proteção passa a ser facultativo em espaços fechados, como escolas e centros comerciais; nas ruas, já estava liberado

Fabrício Mello

Publicado

há 2 anos

em

Guararema e Mogi liberam entrada sem máscaras em local fechado 

Com baixa procura por máscaras, ambulantes estão trocando de produtos. Fotos: Mirian Sarmento

Guararema e Mogi das Cruzes, além de outras cidades do Alto Tietê, decidiram seguir o Estado de São Paulo no decreto assinado pelo governador João Doria (PSDB) nesta quinta-feira (17), que suspende a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços fechados. Com isso, o uso segue obrigatório apenas no transporte público - em pontos de embarque e desembarque - e em locais destinados à prestação de serviços de Saúde, como hospitais e clínicas.

O decreto do governador vem uma semana depois da flexibilização do uso da máscara por causa da contaminação pelo novo coronavírus em espaços abertos, quando foi informado que a desobrigação completa poderia ocorrer nas próximas semanas. 

Segundo João Doria, a decisão foi tomada com base na nota técnica do Comitê Científico, que demonstrou uma melhora consistente na situação epidemiológica do Estado. Agora, com a nova medida, o uso se torna opcional em escolas, escritórios, academias e no comércio. 

Segundo o Secretário Executivo do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), Adriano Leite, além de Mogi das Cruzes e Guararema, os outros municípios da região também acompanharam a decisão da gestão estadual. “A não-obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos e fechados representa mais um grande passo nesta luta contra a pandemia e está amparada pela Ciência, com o avanço da vacinação em massa e a redução dos índices”, explica o secretário.

Ainda de acordo com ele, entretanto, alguns dos municípios da região possuem ressalvas diante de suas particularidades e devem manter a obrigatoriedade do item em alguns locais fechados como, por exemplo, nas escolas.

Procurada pelo O Novo, a Prefeitura de Guararema informou, em nota, que o uso de máscara segue sendo recomendado, mas deixa de ser obrigatório, seguindo as determinações decretadas pelo Governo do Estado.

Pela sua conta oficial do Instagram, o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), descreveu o momento como uma “nova fase”. O chefe do Executivo municipal também destacou que, apesar da flexibilização, a gestão segue observando os indicadores do novo coronavírus e que o decreto tornou o uso facultativo, garantido a locais privados o direito de estabelecer as próprias regras em relação ao uso.

População

Em uma enquete realizada pelo Instagram do O Novo, que contou com a participação de 27 pessoas, 52% dos participantes se disseram favoráveis à flexibilização do uso de máscara no Estado, enquanto que 48% disseram ser contra o fim da obrigatoriedade.

Para Rafael Donizete, empreendedor e corretor de imóveis, devido aos altos índices de imunização da população, a flexibilização é o melhor caminho a se tomar.

Entretanto, o avanço da vacinação ainda não é o bastante para a professora Gisele Faria. “Eu vou continuar a usar a máscara, pois não me sinto segura ainda, mesmo tomando as três doses”, decidiu ela, diante do medo da doença voltar.

Vendas

Já os camelôs de Mogi das Cruzes sentiram na pele a queda nas vendas das máscaras. É o caso da vendedora Andreia da Silva Rodrigues, que disse nesta sexta (18) que chegou a 80% a diminuição da procura pelo acessório. “Eu acabei me acostumando a viver disso, agora, estou trocando a grade de máscaras por meias”, declarou ela.