Ciência e Saúde

Cerca de 40 mil brasileiros são portadores de Esclerose Múltipla, dizem estatísticas

Mulheres com idade entre 20 a 40 anos estão mais propensas a desenvolver a doença. Homens ocupam a casa dos 30% em diagnósticos 

Lívia Rios

Publicado

há 2 anos

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Cerca de 40 mil brasileiros são portadores de Esclerose Múltipla, dizem estatísticas

Foto: divulgação

A Esclerose Múltipla (EM) é caracterizada como uma doença neurológica, crônica e autoimune. Isso quer dizer que as células de defesa do organismo passam a atacar o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Cerca de 40 mil brasileiros convivem com esse distúrbio, mas quem lidera são mulheres jovens, entre 20 e 40 anos.

Apesar do maior número se concentrar entre o sexo feminino, os homens também estão propensos a desenvolver a enfermidade. Estima-se que 30% deles são diagnosticados com EM. Além disso, de acordo com os estudos epidemiológicos, é constatada que a doença tende a ser mais agressiva no sexo masculino, podendo evoluir frequentemente para formas mais progressivas.

É considerável salientar ainda que não há descobertas claras de como a Esclerose se desenvolve, porém, com os avanços da Medicina, é possível gerar mais perspectiva aos portadores.

Agora, por ser um caso de saúde bastante comentado e que requer uma atenção especial, 30 de agosto é considerado o Dia Nacional de Conscientização sobre Esclerose Múltipla, instituído pela Lei de nº 11.303/2006. Nesta data, ocorrem diversas ações como, por exemplo, alertas sobre a necessidade e a importância de realizar o diagnóstico precoce.
Isso passa a se tornar fundamental, pois instrui as pessoas a se atentar aos possíveis sintomas e identificarem se eles estão se desenvolvendo de maneira duvidosa.

Agosto Laranja

Em campanha pelo Agosto Laranja, mês totalmente dedicado à conscientização sobre a Esclerose Múltipla, o neurologista e especialista no tratamento de pessoas diagnosticadas com EM, do Hospital Sírio Libanês, dr. Mateus Boaventura, lista quais são os sintomas iniciais da doença: Visão embaçada e dor ao mover os olhos (neurite óptica); visão dupla (enxergar duas imagens); fraqueza muscular; dormência e formigamento; incoordenação e desequilíbrio (dificuldade de manter o equilíbrio e andar em linha reta); urgência e incontinência urinária; fadiga (sensação de cansaço excessivo, até mesmo ao acordar). 

“Os sintomas podem se desenvolver na forma de surtos inesperados, que aumentam ao longo dos dias ou semanas, com uma recuperação posterior. Em outros casos, podendo ser como um desempenho de progressão lenta”, explica o médico.

Dr. Mateus Boaventura diz mais: “Tanto os surtos como a progressão podem acometer a visão, sendo embaçada ou dupla, formigamento, dores, fraqueza em uma região do corpo, desequilíbrio, perda do controle da bexiga”.

Uma questão que também foi levantada é se a EM pode ser fatal. De acordo com o Dr. Mateus, essa não é uma doença que oferece “riscos”, mas caso não seja tratada logo, irá gerar sequelas e diminuir a expectativa de vida do paciente.

Por fim, ele menciona que médicos neurologistas especializados na área podem cuidar desse caso e que, por mais que ainda não haja cura, existem tratamentos disponíveis e que podem silenciar a doença, ou seja, aumentar o tempo de vida do portador. 

Lívia Rios é estudante de comunicação social • Jornalismo;

Além de repórter e apresentadora do jornal O Novo.