Brasil

Taxa de desemprego no Brasil sobe para 8,6%

Desemprego sobe para 8,6% em fevereiro, com aumento de 5,5% no número de desempregados

Leticia Faria

Publicado

há 1 ano

em

Taxa de desemprego no Brasil sobe para 8,6%

Claudio Vieira/Prefeitura SJC

No Brasil a taxa de desemprego subiu para 8,6% no trimestre terminado em fevereiro, segundo dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados nesta sexta-feira (31), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

No ano anterior, entre setembro e novembro, houve um aumento de 0,5% na taxa de desocupação, que alcançou 8,1%. Entretanto, entre os meses de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, essa taxa teve uma queda significativa para 7,5%, o menor resultado desde 2015. No mesmo período do ano anterior, a taxa de desocupação era de 11,2%, representando uma redução expressiva em relação ao mesmo trimestre deste ano.

Com isso, o número de desempregados teve alta de 5,5%, resultando em 9,2 milhões de pessoas desocupadas. Em relação ao trimestre anterior, são 483 mil pessoas a mais entre os desempregados. Em 2022, houve uma queda de 23,2%, ou seja, 2,8 milhões de trabalhadores a menos.

Já o total de pessoas empregadas teve uma queda de 1,6% em relação ao trimestre anterior, passando para 98,1 milhões de brasileiros empregados. Cerca de 1,6 milhões de pessoas saíram do grupo. Em comparação anual, houve um crescimento de 3%.

De acordo com os dados apresentados, a taxa de desocupação atualmente é de 8,6%, o que significa que cerca de 9,2 milhões de pessoas estão desempregadas. Por outro lado, a população ocupada soma 98,1 milhões de pessoas.

Além disso, a pesquisa mostrou que há uma parcela considerável de pessoas fora da força de trabalho, totalizando 66,8 milhões. Entre essas pessoas, há também um contingente de 4 milhões de indivíduos desalentados, que desistiram de procurar trabalho.

Outro ponto importante é a distribuição dos tipos de ocupação. Há 36,8 milhões de empregados com carteira assinada, enquanto os empregados sem carteira somam 13 milhões. Já os trabalhadores por conta própria são 25,2 milhões, e os trabalhadores domésticos, 5,8 milhões. Por fim, há ainda 38,2 milhões de trabalhadores informais, o que corresponde a uma taxa de 38,9%.

Esses números trazem reflexões importantes sobre as condições do mercado de trabalho e as políticas públicas voltadas para o emprego e a renda da população.
 

Retração para os sem carteira assinada

Segundo o IBGE, o mercado de trabalho no país parece estar se normalizando após o impulso de recuperação observado após a crise causada pela pandemia. No entanto, os primeiros meses do ano são marcados pelas dispensas de trabalhadores temporários e por uma maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas.

A pesquisa revelou que os trabalhadores informais foram os mais afetados, registrando aumento de desocupação. Os trabalhadores sem carteira assinada no setor público (-14,6% ou menos 457 mil), sem carteira assinada no setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas), e trabalhadores por conta própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil), sofreram as maiores baixas. No entanto, a taxa de informalidade da população ocupada permaneceu estável (38,9%).

Além disso, não houve crescimento de ocupação em nenhum dos setores analisados pela pesquisa, com quatro deles tendo quedas e os demais se mantendo estáveis. O rendimento médio real ficou em R$ 2.853 no trimestre encerrado em fevereiro, mostrando estabilidade em relação ao trimestre anterior. O setor de Alojamento e Alimentação (6%) e Serviços Domésticos (2,6%) registraram aumento no rendimento médio real.

A massa de rendimento também ficou estável, em R$ 275,5 bilhões, com uma alta de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O contingente de desalentados na força de trabalho, aqueles que desistiram de procurar emprego, permaneceu estável em 4 milhões de pessoas no trimestre, com uma queda de 16% na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ficou em 3,6%.

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