Temperaturas sobem e instabilidade persiste na semana em Mogi das Cruzes e Guararema

O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) de Mogi das Cruzes identificou e reparou 30 pontos de vazamento na rede de distribuição de água da região leste, entre os dias 19 e 24 de setembro. A ação, que envolveu a utilização da técnica de geofonamento, ajudou a estabilizar a pressão e a normalizar o abastecimento de água em bairros do distrito de Cezar de Souza, que estavam enfrentando problemas de desabastecimento.

A tecnologia de geofonamento permite a detecção de vazamentos que não afloram à superfície. Através de equipamentos mecânicos e eletrônicos, é possível identificar ruídos na tubulação, tanto nas redes principais quanto nos ramais que conectam a rede pública às residências. Este método aprimora a rapidez das manutenções preventivas e corretivas, além de reduzir as perdas de água.

José Luiz Furtado, diretor-geral do Semae, destacou a eficiência da técnica: “Com o geofonamento, conseguimos solucionar rapidamente o problema de desabastecimento. Contudo, é fundamental que os moradores que ainda não possuem caixa d’água providenciem a instalação de um reservatório para evitar transtornos em futuras manutenções.”

Furtado também orienta que a instalação de um reservatório com capacidade de 200 litros por pessoa é essencial, especialmente em áreas mais altas ou onde o abastecimento é feito por redes bombeadas. Por exemplo, uma residência com cinco moradores deve ter uma caixa d’água com capacidade de, pelo menos, 1.000 litros. Esse armazenamento garante autonomia de até 24 horas, caso ocorra a interrupção no fornecimento de água.

Mogi das Cruzes recebeu nesta quinta-feira (25) um encontro regional promovido pela DRADS (Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social), com o objetivo de apresentar a oito municípios do Alto Tietê as boas práticas do Serviço Família Acolhedora. O município é o único da região que já tem o programa implantado e em execução, sendo considerado referência na área de proteção social à infância.

Durante o encontro, organizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, equipes técnicas das cidades de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano conheceram a trajetória de implantação do serviço em Mogi, desde o diagnóstico inicial, feito em julho de 2018, até os recentes avanços que vêm ampliando o número de famílias habilitadas e crianças acolhidas.

“A troca de experiências foi extremamente rica e representa o reconhecimento do trabalho que estamos desenvolvendo. Nosso objetivo é incentivar que outros municípios também implantem esse modelo”, destacou a secretária municipal de Assistência Social, Daniela Mariano. Ela ressaltou ainda que o serviço é desafiador, mas que Mogi tem conseguido avançar com planejamento, capacitação e sensibilização da sociedade.

A primeira acolhida aconteceu em 2020, após um processo de divulgação que reuniu 18 famílias interessadas. Em 2023, o projeto “Cuidar e Transformar” impulsionou ainda mais o serviço, com revisão de fluxos, reformulação de materiais e ações para facilitar a inscrição de novos participantes. O cronograma de reuniões também foi reestruturado.

Atualmente, Mogi conta com dez famílias habilitadas e ativas, outras 13 em avaliação, além de seis crianças acolhidas e três em acompanhamento pós-acolhimento. Ao todo, desde o início do serviço, 63 crianças passaram pelo Família Acolhedora, com apoio de 26 famílias — entre as 268 que se inscreveram.

Os dados levantados também revelam os principais canais de informação utilizados pelas famílias: redes sociais, televisão, amigos, internet, site da Prefeitura e interesse pessoal. Entre os destaques apresentados estão o calendário fixo de capacitação, material acessível, equipe multidisciplinar, e o mapeamento constante de dados sobre acolhidos e famílias habilitadas.

O encontro contou com a presença do diretor regional da DRADS, José Rezende Filho, além de técnicos do Ministério Público do Estado de São Paulo e representantes de núcleos regionais.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, nesta quinta-feira (25), que não participará da reunião marcada para segunda-feira (29), entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre prisão preventiva domiciliar em Brasília. Em entrevista ao repórter Misael Mainetti, da Jovem Pan, Costa Neto destacou que, apesar das questões jurídicas enfrentadas por Bolsonaro, o ex-presidente ainda tem chances de disputar a eleição presidencial de 2026.

“Não vou participar, estive com o Bolsonaro hoje, não vai decidir nada agora. Ele tem chances de ser candidato”, afirmou Valdemar, reforçando que a situação legal do ex-presidente não o impediria de concorrer à presidência. O dirigente do PL citou como exemplo a trajetória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, após ser preso, conseguiu ser eleito novamente para o cargo de presidente em 2022.