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Imprensa local comenta decisão do TSE

Emissora Jovem Pan foi punida devido a declarações de comentaristas sobre Lula serem consideradas distorcidas e/ou ofensivas

Redação

Publicado

há 2 anos

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Imprensa local comenta decisão do TSE

Jornalistas da região pontuaram suas opiniões sobre a ação do plenário do tribunal e manifestaram suas visões sobre o caso. Fotos: Reprodução

Após a decisão do plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta semana, que puniu a Jovem Pan em razão de declarações de comentaristas da emissora sobre o candidato à Presidência do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, serem consideradas ofensivas e/ou distorcidas, diversos representantes do setor da Comunicação, especialistas e autoridades começaram a se manifestar a respeito do caso e debater se a decisão do plenário foi, ou não, um ato de censura. A redação do O Novo, em colaboração com a Rádio Metropolitana e o jornal A Semana, comentaram a decisão do TSE.

A âncora do programa Radar Noticioso da Metropolitana de Mogi das Cruzes, a jornalista e radialista Marilei Schiavi comentou, durante a edição de quinta-feira (20) do programa, sua opinião sobre o caso. “Não podemos aceitar a censura à imprensa e nem a regulação dos veículos de comunicação”, enfatizou a profissional, que defendeu o direito dos colegas de profissão de criticar e/ou elogiar a atuação dos políticos do Brasil.

Também da Rádio Metropolitana, o apresentador Marlon Rodrigues destacou que a mídia e a imprensa sempre tiveram seu lado, mas a diferença dos dias atuais em relação a antigamente é que o país está “dividido e cheio de ódio”.

“A Internet é uma terra sem lei. A propagação de notícias falsas invadiu as redes sociais e acabou com o compromisso com a verdade. Sou extremamente favorável à democracia e contra a censura, mas acho que as redes sociais deveriam ter regras para divulgação de fake news”, pontuou o apresentador.

Para Fabíola Pupo, publicitária,  jornalista e superintendente do jornal A Semana, contou ao O Novo que está “pasma” e disse se sentir “triste” com a situação atual.

“A democracia não pode ter lado. Todos devem falar, seja de esquerda ou direita, se alguém se sentir ofendido, temos nossas leis, temos nossos juízes, temos a Constituição Brasileira que, pelo menos ao meu ver, ainda não recebeu a emenda sobre não falar a verdade em nome da ‘desordem informacional’”, lamentou. A jornalista também comparou a decisão ao período do Ato Institucional nº 5, o mais duro do Regime Militar em relação à censura e à imprensa, que foi promulgado pelo governo da época.

A equipe do O Novo reitera a sua defesa à liberdade de imprensa e de expressão e manifesta o seu repúdio a toda e qualquer forma de censura.