Guararema
Artista guararemense Luis Bueno cria obra que vira febre: 'Pelé Beijoqueiro'
Arquivo Pessoal
Após a terrível catástrofe em Brumadinho, localizado próximo à região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, os cidadãos passaram a se perguntar qual o real estado das barragens espalhadas pelo Brasil.
O acidente ocorreu na sexta-feira, dia 25 de janeiro, e já foram registradas mais de 99 mortes, o desastre pode se tornar o segundo acidente industrial mais mortífero do século 21, segundo especialistas da BBC News Brasil, a maior catástrofe registrada no Brasil até então tinha sido o desabamento de um galpão em Belo Horizonte, o desabamento deixou 69 mortos no ano de 1971.
Um balanço feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que 321 mil pessoas morrem por ano em todo o mundo, por acidentes de trabalho; o Brasil é o 4º colocado no ranking, atrás da China, índia e Indonésia.
Vários moradores do Vale do Paraíba e Alto Tietê estão preocupados com a represa de Paraibuna, o Jornal O Novo entrou em contato com alguns deles:
“Desde os tempos remotos e ainda hoje quando chove muito na cabeceira do Rio Paraíba do Sul, vem nas cabeças de muitos guararemense a seguinte pergunta: como se encontra a estrutura da represa? Será que atingiu seu limite máximo? Há algum perigo em romper-se? A tensão é sim uma constante. Não temos sirenes para anunciar se algo pior vai acontecer. Não temos esclarecimentos sobre a situação da represa. Sei que o volume de água é muito grande e pode sim trazer transtornos enormes principalmente para a população ribeirinha. Antigamente quando chovia muito a represa soltava água e o Rio Paraíba transbordava e alagava várias ruas da cidade. Muita gente ia até embora da cidade com medo da represa estourar. Outras iam ficar nas casas de amigos e parentes que moravam nas partes mais altas da cidade, tudo por medo do estouro da represa”, comenta o morador da cidade Willian de Oliveira Nunes.
A moradora Erika Mohamed Hassan também contou sobre sua preocupação de que algo parecido aconteça na região. “Realmente é muito triste o que aconteceu em Brumadinho. Sempre existe o temor que algo semelhante aconteça em nossa região. Esperamos que as autoridades dos municípios tenham responsabilidade e tomem as devidas precauções ambientais para que seja possível evitar algo semelhante em nossa região”, ressalta.
A represa localizada em Paraibuna, é uma das mais altas do Brasil, foi construída em 1970 devido ao crescimento populacional na região, é utilizada para a geração de energia elétrica para a Usina Hidrelétrica de Paraibuna. Mas a principal finalidade da represa é a de regular a vazão do rio Paraíba do Sul, responsável pelo fornecimento de água para as cidades do Vale do Paraíba e também para o estado do Rio de Janeiro.
A represa tem uma característica diferente das outras, Paraibuna foi feita pensando no represamento dos rios Paraibuna e Paraitinga; com mais de 760 km de extensão e 204 ilhas nativas catalogadas, a represa chegou a ganhar o prêmio ECO-92 como a mais bem conservada ecologicamente do Brasil.
A barragem de Paraibuna é feita de terra compactada, atualmente está com 35% da sua capacidade total, conta com filtros para drenagem de água instalados em seu interior e mais 400 instrumentos de controle, além de quase 400 mil m² de gramado ao redor. Os responsáveis pela represa estão considerando sobre a instalação de sirenes nos locais próximos à área, mesmo sendo considerada uma barragem totalmente segura por seus responsáveis.
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