EDP elabora plano de ação para reduzir quedas de energia

O montador de móveis Manoel Ferreira, de 33 anos, foi encontrado morto na manhã do último sábado (10) em uma avenida de Brás Cubas, distrito de Mogi das Cruzes, após se envolver em um acidente de moto e recusar atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O caso é tratado como morte suspeita e está sendo investigado pelas autoridades locais.

Segundo a Polícia Militar, Manoel colidiu com um caminhão estacionado na Rua Edite Inácio da Silva. O motorista do caminhão, que também era o dono do guincho, acionou o Samu, que chegou ao local. De acordo com os relatos colhidos, a vítima foi atendida e chegou a ser embarcada na viatura do Samu. Posteriormente, Manoel foi deixado a cerca de 2,5 quilômetros do ponto do atendimento inicial, na companhia da Polícia Militar.

Por volta das 6h, moradores da Avenida Governador Adhemar de Barros ligaram para o 190 relatando que havia um homem desacordado na via.

O ponto central das investigações é entender por que a vítima foi deixada a essa distância do local do acidente, após ter sido atendida e, aparentemente, recusado o atendimento completo. A conduta dos profissionais do Samu e o possível envolvimento da Polícia Militar no desfecho da ocorrência estão sob apuração.

A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar os procedimentos adotados, especialmente quanto à possível omissão de socorro. A corporação afirmou, em nota, que segue comprometida com a transparência e a responsabilidade na apuração dos fatos.

A investigação criminal está sob responsabilidade do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes, que analisa imagens gravadas no local e colhe depoimentos para esclarecer as circunstâncias da morte. O caso ganhou repercussão nacional, sendo noticiado por veículos de grande audiência da TV aberta.

O presidente do Cresamu (Consórcio Regional do Serviço Móvel de Urgência) em Mogi das Cruzes, tenente-coronel Reinaldo de Almeida do Nascimento, afirmou que, com base nas imagens analisadas de forma preliminar, a conduta da equipe do Samu não foi a adequada. Segundo ele, o caso está sob apuração pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela operação do serviço. O tenente-coronel também explicou que o Samu é um serviço federal que funciona por meio de um consórcio intermunicipal, e que a responsabilidade da execução é do INTS, contratado via licitação.

O INTS, por sua vez, informou que já foi instalada uma apuração interna sobre a ocorrência e que os funcionários envolvidos foram afastados preventivamente. A organização lamentou o ocorrido e reforçou que irá colaborar para a apuração de todos os fatos relacionados.

O caso ganhou repercussão nacional e vem sendo noticiado por grandes veículos de comunicação, incluindo emissoras de televisão aberta, o que intensificou a cobrança por respostas e transparência no atendimento prestado.

Nota da Prefeitura de Mogi das Cruzes

O Samu é um serviço do Governo Federal, cujo atendimento de urgência e emergência, em Mogi das Cruzes, está sob a gestão do Cresamu, um consórcio que envolve seis municípios, cujo atendimento é gerenciado pela organização social Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).

Diante da ocorrência registrada e da gravidade dos fatos, o Cresamu cobrou o imediato afastamento da equipe envolvida no atendimento – providência já tomada – até que todo o caso seja apurado, sob o rigor da lei. Também exigiu que todas as informações fossem disponibilizadas imediatamente às Polícias Civil e Militar, a quem cabem as apurações dentro das esferas civil e criminal. O Cresamu segue acompanhando o caso e reforça que, em nenhum momento, o atendimento esteve dentro do protocolo exigido no que diz respeito à qualidade e excelência no serviço prestado, tanto na parte médica quanto, principalmente, humana.

Cabe ainda salientar que o Cresamu se coloca ao lado da família nesse momento de dor e indignação.

Há três anos, o Ballet Danielle Bittencourt deu início ao projeto social Pequenos Cisnes, que hoje beneficia cerca de 200 crianças e adolescentes, entre 4 e 18 anos, em situação de vulnerabilidade social em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. A iniciativa oferece aulas gratuitas de balé clássico e jazz, com o objetivo de promover inclusão por meio da arte.

Mais do que uma formação técnica, o projeto se destaca pelo compromisso com o desenvolvimento humano dos alunos. As aulas seguem os padrões da Royal Academy of Dance, tradicional método britânico que preza pela excelência, disciplina e expressão artística.

Mas o impacto do Pequenos Cisnes vai além do palco. As famílias das crianças também recebem apoio, com serviços como tratamento odontológico gratuito, orientação com nutricionista e palestras de educação financeira. A proposta é promover o bem-estar coletivo, oferecendo suporte prático para o dia a dia.

“O nosso objetivo é usar a arte como ponte para o crescimento pessoal e social”, afirma Danielle Bittencourt, diretora do projeto e fundadora do ballet que leva seu nome.

A ação faz parte do núcleo de responsabilidade social da escola, que acredita no poder transformador da cultura e investe constantemente em ações voltadas à saúde, educação e cidadania.

O Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, emitiu um comunicado interno ao corpo clínico reforçando o protocolo para pacientes que procuram o atendimento de urgência e emergência por meios próprios. A orientação esclarece que o pronto-socorro do hospital não está aberto ao público geral, mas sim destinado a casos referenciados, como infartos, AVCs, politraumas e situações de maior gravidade.

Desde 23 de abril de 2025, todos os pacientes que chegarem por conta própria à porta da emergência do hospital serão inicialmente acolhidos pela equipe de enfermagem e, em seguida, avaliados pelo médico de plantão. Caberá ao profissional identificar se o caso será atendido no Luzia ou se o paciente será encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A medida visa evitar inseguranças, atritos e riscos tanto para os profissionais quanto para os pacientes, uma vez que muitos desses atendimentos não são de competência do hospital e devem ser resolvidos nas UPAs. O fluxo também segue orientações éticas do Conselho Federal de Medicina, que determina que todo paciente que acessa um serviço de emergência deve passar por avaliação médica.

O comunicado reforça que o hospital Luzia de Pinho Melo segue como referência para atendimentos graves e regulados, como os casos de urgência encaminhados via Central de Regulação ou pelo SAMU.