Educomunicando
Esperançar é educar com propósito

Em tempos de incerteza, é urgente esperançar! Este é o verbo que Paulo Freire cunhou não como sinônimo de esperar, mas como ato de lutar, construir, transformar. Esperançar representa movimento, ação consciente e compromisso com a mudança. E ninguém encarna melhor esse verbo do que os professores.
O professor não é apenas transmissor de conteúdo. Ele é mediador de sentidos, semeador de possibilidades, guardião da escuta. É quem, diante de uma sala cheia de olhares curiosos ou desmotivados, escolhe acreditar no poder da educação como ferramenta de emancipação.
Paulo Freire dizia: "Educar é um ato de amor, por isso, um ato de coragem". E essa coragem se revela todos os dias, quando professores enfrentam desafios estruturais, emocionais e sociais para garantir que cada aluno tenha acesso não apenas ao saber, mas ao sonhar.
Segundo dados do Censo Escolar e da Educação Superior, o Brasil conta com cerca de 2,2 milhões de professores na Educação Básica (Infantil, Fundamental e Médio); e 323 mil docentes no ensino superior. Estes números representam mais de 2,5 milhões de profissionais que, diariamente, se dedicam a formar cidadãos, desenvolver talentos e construir pontes entre o presente e o futuro. Eles são agentes de transformação social, influenciando diretamente o desenvolvimento econômico, cultural e humano de um país.
Portanto, investir em professores é reconhecer que o desenvolvimento das pessoas não se dá apenas por infraestrutura ou tecnologia, mas por relações humanas significativas, com escuta, afeto, acolhimento e partilhas de conhecimentos, elementos estes que os docentes semeiam com propriedade. Um bom professor pode mudar o destino de uma criança, de uma família, de uma comunidade inteira. Valorize, por sua vez, a potência deste profissional.
Nesta Semana dos Professores, que possamos não apenas homenageá-los, mas reconhecer sua centralidade na construção de um Brasil mais justo, crítico e esperançoso. Que cada sala de aula seja um espaço de resistência, de acolhimento e de potência. Porque, como diria Freire, "A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo".