Ciência e Saúde

Síndrome de Tourette: o que é, sintomas e tratamentos

Dia Nacional da Síndrome de Tourette, celebrado no dia 7, é importante para esclarecer sobre as causas e tratamentos dos famosos “tiques nervosos” 

Tatiana Silva

Publicado

há 1 ano

em

Síndrome de Tourette: o que é, sintomas e tratamentos

Andréa Ladislau: “O ideal é que sempre se faça uma consulta com o neurologista”

No dia 7 de junho é celebrado o Dia Nacional da Síndrome de Tourette, que tem como objetivo esclarecer à comunidade as causas da síndrome, informar os tratamentos adequados, esclarecer sobre a necessidade de apoio familiar e da comunidade aos pacientes e promover campanhas educativas.

A Síndrome de Tourette nada mais é do que os famosos “Tiques nervosos”. Uma síndrome de características neurológicas que agrupa um conjunto de sinais ou manifestações comportamentais que levam uma pessoa a realizar atos impulsivos, frequentes e repetidos e que podem, infelizmente, dependendo de sua frequência e intensidade, dificultar a socialização e piorar a qualidade de vida da pessoa, devido a situações embaraçosas. 

As principais características da Síndrome de Tourette se instalam exatamente nesses “tiques nervosos" que se manifestam de maneira involuntária, como: piscar os olhos, inclinar a cabeça, encolher os ombros, tocar no nariz, fazer caretas, movimentar de forma contínua, os dedos das mãos, chutes, entre muitos outros.

Não existe uma cura específica, mas pode ter os sintomas amenizados de forma bastante eficaz, diminuindo a intensidade das repetições, se for aplicado o tratamento adequado.

Os sintomas da Síndrome de Tourette normalmente são observados inicialmente pelos professores, que observam que a criança começa a se comportar de forma estranha em sala de aula. Os "tiques" surgem por volta dos 5 e 7 anos, mas tendem a aumentar de intensidade entre os 8 e 12 anos, começando com movimentos simples, como piscar os olhos ou movimentar as mãos e os braços, que depois se agravam, surgindo palavras repetidas, movimentos bruscos e sons como latir, grunhir, gritar ou falar palavrões, por exemplo.

Em alguns casos, os "tiques" podem melhorar e até desaparecer depois da adolescência, mas, em outras pessoas, eles podem se manter durante a vida adulta.

“É uma doença genética e hereditária, surgindo com mais frequência em pessoas da mesma família, mas também existem relatos de pessoas que foram diagnosticadas depois de sofrer um traumatismo craniano ou alguma infecção ou problema cardíaco. Além disso, também pode se manifestar por meio de fatores ambientais e de desenvolvimento”, explicou a psicanalista Andréa Ladislau.

Para identificar os sinais, é importante estar atento para verificar se a criança está apresentando algum, ou mais de um, sinal constante. Ou seja, algo que passe a acompanhá-la em todos os momentos. Nem sempre um paciente apresenta um único sinal de repetição ou “tique nervoso”, pode vir a manifestar mais de um tipo de “tique”. 

A psicanalista Andréa Ladislau sugere: “O ideal é que sempre se faça uma consulta especializada com o neurologista para determinar o melhor tratamento terapêutico, que, em muitos casos, precisa vir associado com medicamentos, para que o paciente se sinta confortável e livre dessas repetições incômodas. Além disso, é necessário fazer o  acompanhamento neurológico e terapia para desenvolver um processo de reeducação cerebral.”