Ciência e Saúde

Alto Tietê registra aumento de casos de Covid-19

Segundo o balanço realizado pelo Condemat, ao longo desta semana, foram 712 casos da doença confirmados na região

Fabrício Mello

Publicado

há 1 ano

em

Alto Tietê registra aumento de casos de Covid-19

Especialista recomenda uso de máscaras em ambientes fechados e com aglomeração/Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Nesta semana, a região do Alto Tietê registrou 712 casos de Covid-19. As informações são do levantamento realizado pelo Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê). Ainda segundo os dados, Guararema confirmou 43 novos casos e, em Mogi das Cruzes, 162 casos foram registrados.

Entretanto, apesar dos novos casos, a região não tem registrado mortes causadas por infecções da doença. Com as novas informações, o acumulado de casos de Covid-19 desde o início da pandemia no Alto Tietê é de 216.563. Em Guararema, são 8.742 e, em Mogi das Cruzes, 67.894.

Essas informações chegam em meio ao surgimento e notificação da variante BQ.1.1, uma subvariante da Ômicron. Em São Paulo, dois casos da nova cepa nesta semana, com um deles indo a óbito na quinta-feira (9).

Em nota encaminhada ao O Novo, a Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que, até o fechamento desta edição, não havia recebido notificação confirmada para a nova variante. A redação também tentou entrar em contato com a Prefeitura de Guararema, mas não obteve retorno.

De acordo com Fabiana Romanello, médica infectologista, a nova cepa apresenta um escape maior das vacinas.

“Ela sofreu mutações na proteína spike, que é a que permanece na superfície e permite que ela se ligue às nossas células. Essa mutação é a mesma que foi encontrada na BA.5, que está circulando na Europa e nos Estados Unidos”, explica a especialista.

O resultado dessas mutações, segundo ela, é que a BQ.1.1 tem uma capacidade muito maior de transmissão e, consequentemente, as pessoas ficam mais vulneráveis a adquirir a infecção pela nova cepa.

“Com esse aumento no número de casos, nós podemos dizer que estamos vivendo uma nova onda de infecções. Porém, o que tem sido visto, tanto nos países da Europa, quanto nos Estados Unidos, é que os casos têm sido mais frequentes, porém, devido aos imunizantes previamente aplicados, a evolução para gravidade é menor”, afirma Fabiana.

Além disso, ela completa dizendo que, com o avanço da vacinação, o quadro geral apresentado pelos pacientes infectados é mais brando. Então, o aumento de casos é atribuído às próprias características do vírus e ao fato de não haver vacinas contra as mutações da variante Ômicron e suas sublinhagens.
“Porém, o que se sabe é que tem sido verificado onde o predomínio da variante BQ.1.1 foi inicialmente registrado, é que essas vacinas, quando realizadas as doses de reforço, estão protegendo contra casos graves da doença”, ressalta Fabiana.

Por fim, a especialista conclui destacando que as recomendações atuais para a prevenção contra a nova cepa é o uso de máscaras, em especial, em ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, como salas de aula, auditórios e no transporte público. 

Além disso, é importante higienizar as mãos e receber os reforços da vacinação nas devidas datas.