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Força-tarefa é acionada para combater impactos da seca no Amazonas

Em reunião, o governador do estado apresentou decisão como medida urgente

Sofia Rojas Barbosa

Publicado

há 1 ano

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Força-tarefa é acionada para combater impactos da seca no Amazonas

divulgação/onovo

Wilson Lima, governador do Amazonas, divulgou na última terça-feira (26), que será realizada uma força-tarefa do Governo Federal, com finalidade de combater os impactos da seca que tomou conta do estado brasileiro. A decisão foi compartilhada após encontro do governador com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góez, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
15 dos 62 municípios do estado do Amazonas se encontram em situação de emergência, e cerca de 520 mil pessoas podem ser impactadas pela estiagem até dezembro, afirma a Defesa Civil.
De acordo com Wilson, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional se comprometeu com o envio de itens como cestas básicas e água. O Ministério do Meio Ambiente disse que irá intensificar o combate aos incêndios, ao lado do trabalho de bombeiros militares e brigadistas que já atuam no estado.

"Nós temos três aspectos que são importantes para se levar em consideração nessa questão de estiagem: o primeiro deles é a questão da ajuda humanitária, o segundo são as questões de desmatamento e queimadas e o terceiro é a atividade econômica por conta da dificuldade de passagem de balsa e grandes embarcações ali pelo rio Madeira", comentou o governador.

O apoio logístico, acesso a programas sociais federais e liberação de emendas parlamentares são as ações mais afetadas entre as previstas para a força-tarefa em auxílio ao Estado. 

"O presidente Lula autorizou a mim e a Marina a anunciarmos a força-tarefa do Governo Federal para juntos, dezenas de ministérios, atuarmos com o Governo do Estado do Amazonas e as prefeituras que já estão sofrendo com situação de emergência. Prioridade nossa: ajuda humanitária", disse o ministro Waldez Góes.

O detalhamento das ações de ajuda humanitária do Governo Federal deve ser anunciado ainda na última semana de setembro. De acordo com Marina Silva, o trabalho tem foco emergencial; "nosso Ministério do Meio Ambiente trabalha para combater estruturalmente o problema. Vamos trabalhando na direção de reduzir desmatamento, reduzir queimadas", comentou a ministra.
Ainda nesta terça, o governador se reúne com os ministros Renan Filho (dos Transportes) e Silvio Costa Filho (de Portos e Aeroportos) para tratar sobre a navegabilidade nos rios Madeira, Solimões e Amazonas.


No último dia 12 de setembro, o governador do estado assinou o decreto de Situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus, além disso, ele apresentou o plano de ação da Operação Estiagem 2023, envolvendo 30 órgãos da administração direta e indireta do Governo do Amazonas, que conta com recurso estimado em R$ 100 milhões em ações.


O apoio às famílias afetadas em questões como abastecimento de água e saúde no geral, a partir da distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal, renegociação de dívidas e fomento para produtores rurais, são algumas das medidas que estão sendo tomadas.


Segundo levantamento realizado pela Defesa Civil do Amazonas, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), 15 municípios das calhas do Alto Solimões, Juruá e Médio Solimões estão em situação de emergência. Outros 40 estão em estado de alerta e cinco em atenção.
A Defesa Civil do Estado também afirma que a previsão é que, devido à influência do fenômeno climático El Niño, a estiagem deste ano seja prolongada e mais intensa em relação aos anos anteriores, podendo ultrapassar 50 o número de municípios afetados.