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Criminalista fala sobre o caso do procurador que agrediu colega durante expediente 

Imagens de espancamento viralizou nas redes sociais e causou revolta nas pessoas

Fabrício Mello

Publicado

há 2 anos

em

Criminalista fala sobre o caso do procurador que agrediu colega durante expediente 

Procurador espanca a chefe na Prefeitura de Registro/Foto: Reprodução

Na quinta-feira, o governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, informou que Demétrius Oliveira Macedo, procurador que espancou uma colega na Prefeitura de Registro, foi preso pela Polícia Civil. O anúncio ocorreu por meio das redes sociais do governador.

“Que a Justiça faça sua parte agora e use contra ele todo o peso da Lei. Agressor de mulher vai para a cadeia aqui em São Paulo”, escreveu Rodrigo Garcia.

Macedo foi preso em uma clínica em Itapecerica da Serra, no interior paulista, e postou um vídeo do momento da prisão. O procurador foi preso um dia depois de a Justiça ter expedido o mandado de prisão.

O caso começou quando, na segunda-feira (20), Demétrius foi gravado dando socos, chutes e xingando a procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros, sua chefe, dentro do ambiente de trabalho. Nas imagens, que viralizaram nas redes, é possível ver o procurador empurrando violentamente outra colega contra uma porta.

A redação do O Novo procurou o advogado José Beraldo para comentar sobre o caso e, na opinião do criminalista, o procurador “deve ter sofrido alguma convulsão mental”.

“Ele entrou num estado de cólera, não se sabe se teve alguma provocação anterior que causou aquela repulsa, mas é inadmissível", comentou Beraldo. Ele ainda explica que, dado o ocorrido, a pena a ser aplicada é detenção de até dois anos e uma multa ou serviço comunitário. 

No dia 22, a Prefeitura de Registro publicou, no Diário Oficial, a suspensão preventiva de Demétrius do trabalho por 30 dias, com interrupção de salário, além de abrir o processo administrativo para apurar a agressão, o que pode resultar na exoneração do procurador.

Já o Ministério Público de São Paulo informou que designou dois promotores de Justiça, ambos com atuação no município, para investigar a agressão.