Alto Tietê

Com novo caso confirmado em Poá, Alto Tietê tem pelo menos 11 casos de varíola dos macacos

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o País registrou aumento de quase 50% no número de casos confirmados

Fabrício Mello

Publicado

há 1 ano

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Com novo caso confirmado em Poá, Alto Tietê tem pelo menos 11 casos de varíola dos macacos

Divulgação

No início desta semana, na terça-feira (2), Poá confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos, doença causada pela infecção do vírus monkeypox. Com este, até o fechamento desta edição, já são 11 casos confirmados da doença na região do Alto Tietê, sendo quatro casos em Itaquaquecetuba, onde o primeiro da região foi confirmado, e três em Suzano e em Mogi das Cruzes. Em Guararema, não há nenhum caso confirmado, nem suspeito.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Poá, o paciente é um homem de 33 anos, passa bem e segue sendo monitorado. Ainda segundo a pasta, ele não soube informar como foi infectado.

Em Suzano, a Secretaria de Saúde informou que todos os três pacientes com casos confirmados são homens, sendo um de 27 anos, um de 39 e outro de 41. Já em Mogi, a Pasta responsável não divulgou detalhes do perfil dos pacientes, mas afirmou que todos são jovens adultos. Além disso, monitora um caso suspeito, que aguarda o resultado do exame.

Ainda em Mogi, o secretário de Saúde, Zeno Morrone, afirmou ontem (5), em entrevista no programa Radar Noticioso, da Rádio Metropolitana, que o setor prepara um material com orientações para os profissionais de Saúde do município.

“Até hoje, deve ficar pronto este material, para que, semana que vem, nós possamos começar a divulgar entre as unidades, justamente para que elas saibam como colher o material e como identificar a suspeita da doença”, afirmou Zeno Morrone. Ele ainda reforça que, quem apresentar sintomas de monkeypox, deve buscar ajuda médica em qualquer unidade de saúde do município.

Plano de enfrentamento

De acordo com números do Ministério da Saúde, o Brasil soma 1.860 casos confirmados de varíola dos macacos. Isso representa um aumento de 48% em relação a semana passada. Destes, a esmagadora maioria pertence ao Estado de São Paulo, que lidera o ranking de infecção pelo vírus com 1.404 casos.

Por isso, o Governo de São Paulo anunciou, na quinta-feira (4), o lançamento de um plano de enfrentamento à varíola dos macacos. Por meio da chamada ‘Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox’, serão disponibilizados, ao todo, 93 hospitais e maternidades, além de protocolos de diagnóstico e assistência, uma rede credenciada de laboratórios para testagem e vigilância genômica e um serviço de orientação por telefone 24h para os profissionais de Saúde. Também haverá a criação do Centro de Controle e Integração, formado por 24 especialistas.

No plano de enfrentamento, os hospitais de referência serão a retaguarda para os casos mais agravados e com necessidade de internação dos pacientes, leitos de isolamento ou Unidades de Terapia Intensiva (UTI). 

Junto ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas, serão referência no atendimento os hospitais universitários, como o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, além dos hospitais gerais próprios do Estado.