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Boy cobra e muda comando do BNB 

De olho nas eleições de 2022, políticos do Centrão mexem em banco com carteira bilionária 

Redação

Publicado

há 3 anos

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Boy cobra e muda comando do BNB 

Divulgação

A demissão do presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, nesta quinta-feira (30), pelo Palácio do Planalto, foi motivada por uma cobrança do Centrão, de olho na disputa pelo controle do programa de microcrédito, a um ano das eleições. No centro dessa mudança, aparece o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o Boy, que, três dias antes da exoneração, cobrou a substituição de toda a diretoria da entidade financeira. Num vídeo, Boy afirmou que Bolsonaro o questionou sobre o contrato suspeito de R$ 583 milhões, justamente no setor de microcrédito, com o Instituto Nordeste de Cidadania (INEC), que mantém parceria com o BNB desde 2003, primeiro ano de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Esse tipo de empréstimo de pequenas quantias - em torno de R$ 2 mil a R$ 5 mil - é responsável por um reduto eleitoral importante, onde o presidente Jair Messias Bolsonaro precisa melhorar, e muito, seu desempenho.

Trata-se de 3,5 milhões de clientes ativos e R$ 15 bilhões aplicados, espalhados em mais de 2 mil municípios. É por isso que esta carteira bilionária é tão cobiçada, não somente por políticos, mas por lobistas do mercado financeiro. O Banco do Nordeste é sediado em Fortaleza e costuma abrigar ‘apadrinhados’ de políticos do Ceará.

Na opinião de alguns apoiadores de Bolsonaro, que entregou o comando do banco ao PL, essas mudanças empoderam politicamente os adversários do presidente. Cabe agora ao Centrão chegar a um acordo quanto ao nome do novo presidente do BNB. (Fontes: Terra e Estadão)