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Internacional

Encontro aguardado; presidente Lula e presidente Trump abrem Assembleia da ONU com discursos que expõem tensões comerciais e defesa da soberania

Presidente do Brasil reiterou compromisso democrático na abertura tradicional do evento; já o presidente norte-americano criticou tarifas brasileiras e sinalizou encontro bilateral

Sara Virginia

Publicado

há 3 dias

em

Encontro aguardado; presidente Lula e presidente Trump abrem Assembleia da ONU com discursos que expõem tensões comerciais e defesa da soberania

Reprodução | Google

A 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada nesta terça-feira (23), em Nova York, marcou o aguardado encontro entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Seguindo a tradição inaugurada em 1947, o Brasil abriu a série de discursos. Logo depois, o líder norte-americano ocupou a tribuna.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a importância da democracia e da independência institucional no país, citando a recente condenação de um ex-chefe de Estado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. Em sua fala, ressaltou: “Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”.

Na sequência, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concentrou sua intervenção em questões comerciais e de soberania nacional. O líder norte-americano afirmou que as tarifas aplicadas contra o Brasil e outros países são uma medida de defesa. “Encontrei o líder do Brasil ao entrar aqui e falei com ele. Nos abraçamos. As pessoas não acreditaram nisso. Nós concordamos que devemos nos encontrar na próxima semana”, disse, ressaltando que a reunião deverá ocorrer em breve.

O presidente Donald Trump criticou a política tarifária brasileira, alegando que os Estados Unidos foram tratados de maneira “muito injusta” e justificando a imposição de tarifas de 50% sobre alguns produtos nacionais. “Fiz isso porque, como presidente, eu defendo a soberania e os direitos de cidadãos americanos”, declarou.

O republicano também acusou o Brasil de impor barreiras excessivas aos produtos norte-americanos e de usar mecanismos judiciais como instrumento político. Apesar das críticas, o presidente Donald Trump sinalizou abertura para cooperação. “O Brasil poderá se dar bem caso trabalhe junto com os EUA. Sem a gente, eles vão falhar como outros falharam”, afirmou.

O governo brasileiro rebateu as acusações lembrando que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam superávit de mais de US$ 400 bilhões em sua relação comercial com o Brasil, argumento que, segundo Brasília, invalida a justificativa para novas taxas.

O breve contato pessoal entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump antes dos discursos, marcado por abraços e promessa de diálogo na próxima semana, reforçou a expectativa sobre a relação entre as duas maiores economias do continente.

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Sou uma profissional de alta performance com habilidades em comunicação e gerenciamento de processos. Versátil e dedicada, encaro desafios com paixão. Minha formação em Gerenciamento de Processos me especializou em otimização e gestão eficiente para alcançar metas organizacionais. Atualmente, atuo como jornalista digital deste portal, produzindo conteúdo e gerenciando suas redes sociais. Além da carreira, sou casada e mãe de dois meninos.

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