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Província do Canadá planeja cobrar imposto adicional de não vacinados contra a Covid

Valor não seria inferior a 100 dólares canadenses, o equivalente a quase 450 reais

Redação

Publicado

há 2 anos

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Província do Canadá planeja cobrar imposto adicional de não vacinados contra a Covid

Medida não se aplicaria àqueles que não podem se vacinar por razões médicas. Foto: Reprodução/Roda Mundo

A província canadense de Quebec, a segunda mais populosa do país, planeja fazer com que adultos que se recusam a tomar a vacina contra a Covid-19 paguem uma "contribuição de saúde". A medida deverá estimular o debate sobre direitos individuais e responsabilidade social.

O primeiro-ministro canadense, François Legault, disse, em entrevista nesta terça-feira (11), que a proposta, cujos detalhes ainda estão sendo definidos, não se aplicaria àqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.

"Pessoas não vacinadas prejudicam as demais; e o Ministério das Finanças da província está determinando quantia 'significativa' que os moradores não vacinados seriam obrigados a pagar", disse Legault, acrescentando que o valor não seria inferior a 100 dólares canadenses, que equivale a, aproximadamente, R$443,67.

Governos em todo o mundo têm estabelecido restrições de movimento aos não vacinados, mas um imposto abrangente sobre todos os adultos nessa condição pode ser medida rara e controversa.

"Embora a cobrança possa ser justificada no contexto de emergência de saúde, sobreviver à provável contestação judicial dependerá dos detalhes", disse Carolyn Ells, professora de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade McGill.

Ela manifestou surpresa com o fato de o governo dar um passo tão "dramático" agora, quando ainda restam opções para expandir a obrigatoriedade de vacinas.

Províncias do Canadá enfrentam aumento exponencial de casos de Covid-19, que tem forçado dezenas de milhares de pessoas ao isolamento e sobrecarregado o sistema de saúde.

A variante Ômicron, altamente transmissível, dificultou a contenção da disseminação, e especialistas em Saúde alertam para a importância de se vacinar com duas ou três doses.