Eleições 2020
Entrevista com Caio | Pré-Candidato a prefeito de Mogi das Cruzes | Eleições 2020
Entrevista com Caio Cunha, vereador e pré-candidato a prefeito de Mogi das Cruzes pelo Podemos (PODE).
Trecho da Avenida Adhemar de Barros é campeã em reclamações de ciclistas
Hoje, 19 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Ciclista. Essa data, além de relembrar a morte do ciclista brasiliense Pedro Davison, que aos 25 anos, foi atropelado em 2006, enquanto pedalava no Eixo Sul, mas, também, para poder promover uma reflexão sobre esse modo de mobilidade urbana sustentável e saudável.
Em Mogi das Cruzes, com cerca de 30 quilômetros de ciclofaixas e ciclovias, espalhados pelos distritos da cidade, há diversos adeptos e cicloativistas desta modalidade de locomoção. Um deles é o bombeiro civil Fábio Silva, de 30 anos, cicloativista mogiano que, há mais de 10 anos, segundo ele, que não utiliza o transporte público municipal. Pois, o tempo que ele perderia aguardando o ônibus, já teria percorrido uma longa distância com sua a bicicleta e, ao mesmo tempo, fazendo atividade física.
No entanto, a escolha pela bicicleta vai muito além do tempo que ele perderia no ponto de ônibus, mas um estilo de vida. "Quando eu era adolescente, eu vinha até o centro de Mogi andando, mas decidi comprar uma bicicleta para diminuir o tempo do trajeto. E, agora, eu adotei a prática como uma forma de me locomover pela cidade, sem nenhum custo financeiro", contou.
Outro ativista da bike e membro de diversos coletivos da modalidade em Mogi das Cruzes é o Gestor de Mídias Sociais Jair Pedrosa, 60, que desde sua juventude, tem a bicicleta como seu aliado. Para ele, as ciclofaixas e ciclovias de Mogi precisam passar por muitas melhorias, principalmente a ciclovia da Avenida Adhemar de Barros, que une Braz Cubas até o centro da cidade.
Gestor de Redes Sociais, Jair Pedrosa, pratica a modalidade desde os oito anos.
“No trecho próximo da cancela da Avenida Cavalheiro Nami Jafet, a ciclovia tem largura menor de um metro e com o asfalto desnivelado. Com isso, o risco de acidentes é bem maior do que em ciclovias mais espessas e planas”, falou Pedrosa.
Oposto a Avenida Adhemar de Barros é a Avenida João XXIII em direção a César de Souza, que possui uma boa manta asfáltica, mas não tem nenhuma ciclovia ou ciclofaixa. De acordo com Pedrosa, o local tem um grande fluxo de bicicletas, que transforma o local em uma ciclorrota, mas que, até o exato momento, não tem previsão da construção de uma via exclusiva para os ciclistas e o acalmamento de tráfego, para segurança de quem utiliza esse meio de transporte.
“Junto a essa reivindicação, estamos trabalhando para outra grande obra para os ciclistas mogianos. Que neste caso, seria a construção de uma única ciclovia que ligará Jundiapeba a César de Souza, chamado de trecho Leste-Oeste, ao lado da linha férrea da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM), mas que teria algumas interrupções na zona central da cidade e, também, a solicitação da construção de ciclovias de emergenciais, para aqueles que, durante a pandemia, queiram se locomover por meio da bicicleta para evitar os transportes públicos lotados”, concluiu.
Portanto, hoje, às 20 horas, diversos coletivos mogianos em direito a prática do ciclismo na cidade irão realizar uma live, no Facebook, para comemorar a data e, ao mesmo tempo, debater a implantação das Ciclovias Emergenciais na cidade.
Entrevista com Caio Cunha, vereador e pré-candidato a prefeito de Mogi das Cruzes pelo Podemos (PODE).
Jovens surgem como opção de renovação na Câmara Municipal
Por muitos anos, política era tido como um assunto não bem-visto pelos jovens e adolescentes brasileiros. Porém, depois de 2013, com as manifestações pela redução da tarifa e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, trouxeram a política para as redes sociais e, com isso, alcançou jovens por todo o país. Em 2018, na eleição presidencial, a câmara de deputados teve sua maior renovação em anos, mas, os jovens abaixo dos 30 anos, foram eleitos apenas 14, representando 2,7% dos 513 parlamentares.
No Alto Tietê não é diferente. Dos 161 vereadores da região, apenas 10 foram eleitos, em 2016, abaixo dos 30 anos. O número representa 6,2% do total de parlamentares das 10 cidades que compõem a região. Entre eles, o vereador Renatinho Se Ligue (PSDB), de Ferraz de Vasconcelos, hoje com 27 anos, é um dos vereadores mais atuantes na câmara da cidade e nas redes sociais.
Em Mogi das Cruzes, nenhum dos 23 parlamentares da câmara municipal é jovem. A última vez que isso aconteceu foi em 1996, quando Karina Marques, aos 23 anos, foi eleita pela primeira vez e ficou por dois mandatos, quando não conseguiu se reeleger em 2004, aos 31 anos.
Neste ano, exatamente em 20 de junho, jovens americanos boicotaram o comício realizado pelo presidente norte-americano Donald Trump, na cidade de Tulsa, em Oklahoma por meio da rede social TikTok. Com isso, Trump estuda proibir o uso do aplicativo nos Estados Unidos. Bem provável que, essa atitude, seja por medo de ser prejudicado em sua campanha para reeleição contra o candidato Democrata Joe Biden.
Já em Mogi das Cruzes, jovens estão se colocando como pré-candidatos a vereador da cidade, angariando apoiadores, buscando pessoas que possam colaborar diretamente na campanha e utilizando as redes sociais para falar que a cidade precisa urgentemente de uma renovação. Com isso, O NOVO entrevistou três jovens que pretendem fazer diferença em novembro.
Os jovens
O jovem conservador, bacharel em direito e pós-graduando em Direito Público Rubens Fleming, de 24 anos, é pré-candidato a vereador de Mogi das Cruzes pelo Patriota e disse que decidiu entrar na política tão cedo devido ao empenho de líder estudantil na época de faculdade e, também, por conta de um incentivo de uma pessoa próxima.
“O presidente do Patriota de Mogi, Silvério Nobre, me conheceu na universidade no curso de direito e me convidou para me filiar ao partido, pois devido aos trabalhos sociais que eu realizava com a Atlética do Direito da UMC nas periferias de Mogi, ele me disse que eu tinha vocação para a vida pública. E, eu, tinha essa visão para o futuro, mas decidi entrar agora pela falta de jovens na política da cidade”, explicou Fleming.
Uma das suas visões sobre a juventude da cidade é a precarização do ensino superior. De acordo com ele, a cidade antes formadora de jovens para o mercado de outras metrópoles, está perdendo esse espírito e muito provavelmente, nos próximos anos, nem seja mais um polo estudantil.
Outro jovem empenhado na melhoria do ensino da cidade é o graduando em Políticas Internacionais Itânio Mariano, 21, que com pouca idade é embaixador Politize!, líder Raps e já foi para a Organização das Nações Unidas (ONU), em um programa para jovens envolvidos na política. Em Mogi, Mariano integrou-se ao grupo político VOC e decidiu se tornar pré-candidato pelo Podemos.
“Olhando a situação de nossas universidades me preocupa bastante. Pois, nas últimas décadas, Mogi formou pessoas para trabalhar fora e agora corremos o risco de não formar pessoas de maneira adequada. E digo que existe uma responsabilidade do poder público da cidade, por falta de atuação direta junto às universidades. Falta estímulo a pesquisa. Faltam parcerias entre as instituições privadas e públicas da cidade, não só a prefeitura, mas a câmara de vereadores também.”, discursou Mariano sobre o ensino na cidade.
Junto a esse questionamento, o pré-candidato do Podemos completou dizendo que falta emprego para os jovens na cidade. E, muitos jovens qualificados do município, precisam trabalhar em outras áreas de atuação, em outras cidades, por falta de empregos qualificados em Mogi.
Já a graduanda em Administração Pública e Pré-candidata a vereadora pelo Solidariedade Maria Luiza Fernandes, conhecida como Malu Fernandes, 20, explica que o jovem mogiano precisa ter as mesmas oportunidades de se desenvolver independente do CEP.
"Mogi tem a Escola de Empreendedorismo e o Polo Digital na área central da cidade, mas seria interessante levar esses equipamentos de profissionalismo para os jovens em todos os distritos da cidade", concluiu Malu.
O Hospital de Campanha de Mogi das Cruzes será desativado hoje, pouco mais de três meses desde o início de suas atividades, que se iniciou dia 24 de maio. A decisão foi tomada pelo Comitê Gestor do Coronavírus de Mogi das Cruzes com base na queda do número de óbitos e internações por Covid-19 registradas nas últimas semanas.
Desde o dia 21 de agosto, a unidade deixou de receber novos pacientes, cuidando apenas dos que já estão em tratamento no local. De acordo com responsáveis da prefeitura, hoje, a unidade tem apenas dois pacientes, que serão avaliados ao longo do dia, para saber se terão alta ou encaminhados para o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, em Braz Cubas, onde está instalado o Centro de Referência do Coronavírus.
Instalado na avenida Cívica, no Mogilar, o Hospital registrou até 20 de agosto, 494 admissões de pacientes. Embora tenha sido projetado para 200 leitos, o Hospital de Campanha nunca teve mais de 50 leitos ocupados simultaneamente.
“Nós fizemos o planejamento em quatro partes de 50 e assim os contratos foram feitos também, como está no Portal de Transparência, para que os custos fossem proporcionais. O que passasse de 50 seria por acréscimo de 15 leitos, mas em nenhum momento nós precisamos passar”, explicou o secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel.
Até sexta-feira, 28 de agosto, a cidade de Mogi das Cruzes, de acordo com dados fornecidos pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), tinha até o momento 6.718 casos confirmados de Coronavírus, com 4.665 pessoas recuperadas e 319 óbitos.