Mogi das Cruzes

Furlan quer tornar a Câmara de Mogi mais acessível à população

Eleito em dezembro de 2021, novo presidente da Câmara de Mogi das Cruzes fala sobre suas expectativas para o município

Fabrício Mello

Publicado

há 2 anos

em

Furlan quer tornar a Câmara de Mogi mais acessível à população

Divulgação

Marcos Paulo Tavares Furlan é ex-atleta profissional de karate Kyokushin, professor, empresário, gestor do segmento esportivo e também presidente do Clube Náutico Mogiano. Como vereador, Marcos Furlan foi eleito para o seu primeiro mandato como vereador em 2012 e reeleito em 2016 e 2020. Em dezembro de 2021, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Mogi. Ele falou ao O Novo sobre seus planos e projetos para 2022, as necessidades da população de Mogi e as expectativas para os próximos meses.

 

O Novo: Qual é a expectativa em assumir a presidência da Câmara?

Marcos Furlan: Uma das minhas principais expectativas é tornar a Câmara mais acessível à população, incluindo os canais digitais, a estrutura física e ações e programas que promovam a interação do público com a Casa. É preciso conscientizar as pessoas sobre o trabalho dos legisladores e preparar melhor as próximas gerações para assumir posições de liderança.

 

O Novo: Quais as principais necessidades dos mogianos atualmente?

Furlan: Mogi das Cruzes evoluiu muito nos últimos anos, em todas as áreas, mas ainda temos de avançar mais. Bairros distantes do centro, como aqueles nas divisas com outros municípios. Nessas áreas, persiste a carência de infraestrutura, como pavimentação, rede de água e esgoto. Há também bairros que cresceram irregularmente e precisam de regularização fundiária, onde progredimos ao trazer para Mogi o programa estadual de regularização fundiária “Cidade Legal”. Com isso, conseguimos avançar na questão do desenvolvimento dos bairros, levando mais saúde e educação, por exemplo, para essas localidades.

 

O Novo: Como o sr. classifica a Saúde de Mogi das Cruzes? O que precisa melhorar?

Furlan: A Saúde de Mogi é uma referência na região no que diz respeito à estrutura, mas ainda temos uma dificuldade da rede pública em atender o público com a agilidade necessária. Mogi recebe pacientes de todo o Alto Tietê, que não conseguem ser atendidos em seus municípios. E, na pandemia, isso se agravou, uma vez que já havia uma demanda represada. Observamos um prazo maior no agendamento de consultas, tanto na rede básica quanto nas especialidades. Superamos a pior fase da pandemia, mas agora nossa rede precisa se desdobrar para integrar ainda mais o município ao governo do Estado em uma força-tarefa que permita ampliar a eficiência. A saúde tem pressa!

 

O Novo: A Taxa do Lixo foi rejeitada novamente em dezembro. Por que o sr. avalia a taxa como algo importante para a população?

Furlan: A Taxa de Custeio Ambiental, ou Taxa do Lixo, é uma determinação do governo federal, prevista no Marco Legal do Saneamento Básico. A ideia é dar mais recursos aos municípios, a chamada capacidade econômica, para custeio da coleta, remoção, transporte, tratamento e destinação dos resíduos sólidos, além de intervenções para aprimorar nosso saneamento básico. Ela é importante porque obriga, por lei, os municípios a investirem na melhor destinação do lixo e em saneamento básico. Afinal, quase duas mil prefeituras em todo o País utilizam lixões ou aterros sanitários para o despejo de seus detritos, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Neste contexto, o Brasil vive hoje uma situação medieval na questão da gestão de resíduos sólidos. Por tudo isso, precisamos tomar providências para preservar nosso meio ambiente e, sobretudo, a saúde e a qualidade de vida das próximas gerações.

 

O Novo: Quais suas perspectivas para os próximos meses, tanto no sentido político quanto numa retomada econômica e social?

Furlan: Apesar de estarmos ainda em pandemia, tivemos uma queda nos casos fatais. Isso nos dá esperança de uma retomada efetiva. A pandemia colocou um freio em tudo, sufocando nosso desenvolvimento. Quem mais sofreu, e ainda sofre, foi a população em situação de vulnerabilidade social, impactada com a alta da inflação e o desemprego. Por isso, a expectativa é de novas políticas públicas que fomentem a economia e o empreendedorismo, gerando mais oportunidades de trabalho e renda.