Lilian Pagano Colli
Como lidar com a depressão do parceiro
Em meus devaneios de hoje gostaria de falar sobre algo que tem afetado relacionamentos em toda parte, homens e mulheres sofrem calados lutando para manter a sanidade em sua luta diária contra a depressão de seus parceiros.
No livro “Depressão no casamento: um modelo para etiologia e tratamento” os autores mencionam que todo terapeuta ou conselheiro matrimonial deveria se aprofundar e se atualizar sobre os sintomas e tratamentos da depressão antes de tentar ajudar qualquer casal que possa estar sendo prejudicado pela complexidade desta doença. Também afirmam que médicos deveriam se informar sobre “possíveis descontentamentos matrimoniais para melhor tratar a depressão de seus pacientes”. Claro que alguns pacientes podem sofrer de depressão sem que haja inicialmente nenhum problema matrimonial, mas a depressão pouco a pouco vai minar as forças de ambos os cônjuges.
Algumas mulheres, com suas tendencias maternais, procuram fazer de tudo para “animar o parceiro”, desdobram-se para tirá-lo da apatia constante. Quando a depressão afeta a libido masculina a mulher começa a sentir-se rejeitada, se retrai... e segue como uma “viúva de marido vivo”, tentando sozinha descobrir o que pode ser feito para resgatar o relacionamento.
De acordo com o estudo publicado online pela Cambridge University Press (2018), intitulado “Cuidar e seus Encargos - Um estudo dos cônjuges de pacientes deprimidos”, os parceiros apresentaram várias queixas em relação a falta de informação e pouquíssima instruções por parte dos médicos ou terapeutas sobre o que deveriam fazer. Existe uma necessidade de tratamentos que entendam as conexões entre casamento, depressão e saúde para o casal, sempre reavaliando a “insatisfação conjugal” na terapia deste casal, pois os efeitos da mesma são corrosivos com o tempo. é preciso um acompanhamento médico e terapêutico que possam juntos predizer outras áreas de bem-estar para ambos.
*Atenção: Se a depressão tem atingido seu parceiro, procure ajuda! As Unidades de Saúde Básica (UBS) oferecem atendimento para a depressão leve, já no caso de depressão moderada ou grave (especialmente as seguidas de pensamentos suicidas) procure pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), onde “profissionais de diversas áreas trabalham em conjunto” e seu parceiro conversará com um psiquiatra, com psicólogos, assistentes sociais e até mesmo nutricionistas para “oferecer um atendimento multidisciplinar e humanizado”.
Antes de buscar ajuda para seu parceiro, cuide muito bem de você mesmo! Não se deixe vencer pela ansiedade... durma, alimente-se bem, exercite-se, medite diariamente e afaste-se de toda culpa e pensamentos negativos. Ao cuidar de si mesmo, você terá mais energia para ajudar o outro.
*Links Importantes:
https://www.medley.com.br/podecontar/preciso-ajuda/como-tratar-depressao-no-sus
https://psiquiatriapaulista.com.br/category/depressao/