Guararema
Artista guararemense Luis Bueno cria obra que vira febre: 'Pelé Beijoqueiro'
Arquivo Pessoal
Os jovens foram identificados como Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos; ambos ex-alunos da escola
Na manhã de quarta-feira, 13 de março, dois jovens entraram armados na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, região metropolitana de São Paulo, e efetuaram disparos que deixaram 11 feridos além de 5 alunos e 2 funcionários mortos.
Minutos antes de invadirem a escola, a dupla matou um comerciante, tio de um dos assassinos, dono de uma locadora de veículos que fica a aproximadamente 500 metros da unidade escolar. No total, 10 pessoas morreram na segunda-feira, incluindo os dois assassinos que se mataram no local.
Os autores do massacre usavam máscaras e portavam um revólver calibre 38, além de machadinhas e uma besta, arma medieval que atira flechas, a polícia averiguo que as armas foram compradas através do site “Mercado Livre”. Os jovens foram identificados como Guilherme Taucci Monteiro de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro de 25 anos; ambos ex-alunos da escola.
Além do revólver e das armas brancas encontradas a polícia ainda confirmou a presença de garrafas que aparentavam ser coquetéis molotov, ainda havia uma mala com fios, e o esquadrão antibombas foi chamado ao local.
Segundo o Censo Escolar de 2017, a escola possui 1.067 estudantes regularmente matriculados e 105 funcionários. O atentado ocorreu na hora do intervalo, onde todos os alunos estavam obrigatoriamente fora das salas de aula.
O Governador João Doria, os secretários da Segurança Pública e Educação e os dirigentes das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica acompanharam no local o trabalho de resgate e atendimento aos feridos. O governador decretou luto oficial de três dias no Estado.
O Ministério Público (MP) de São Paulo está investigando o possível envolvimento de organizações criminosas e fóruns extremistas da internet. Os atiradores Guilherme e Luiz, foram encontrados em diversas publicações dessas comunidades de ódio online pedindo dicas para realizar o ataque. "Muito obrigado pelos conselhos e orientações," diz um dos assassinos em uma publicação. "Esperamos do fundo dos nossos corações não cometer esse ato em vão", completa.
Desde 13 de março, alguns usuários desse tipo de fórum, conhecido na internet como Chan, comemoram a morte das vítimas. As mensagens do planejamento do crime e de pessoas celebrando o tiroteio em Suzano foram publicadas em um dos Chans.
Chans são comunidades completamente anônimas em que o ódio é disseminado entre os usuários. Protegidos pela falta de identificação, nesses locais são permitidos e comumente vistos o ódio contra mulheres, LGBTs, negros e outras minorias.
Para não serem rastreados, os Chans ficam alocados na Deep Web, um segmento da internet que não pode ser encontrado por buscadores tradicionais e nem por navegadores comuns. O acesso é difícil e feito apenas com a instalação de um software e programas específicos no computador.
O Ministério Público também desconfia do envolvimento de um terceiro suspeito que teria participado do planejamento do crime. O menor também é ex-aluno da escola e foi colega de classe de Guilherme, o líder do massacre. A PM realizou buscas na casa do jovem e encontrou desenhos e anotações semelhantes as mesmas encontradas na casa dos atiradores.
O jovem se apresentou ao Fórum de Suzano por volta das 11h de sexta-feira, 15 de março, foi ouvido e liberado em seguida, não foram encontrados indícios suficientes para apresentar denúncia contra o adolescente.
A atenção agora se volta para a arma usada no massacre. Ainda não se sabe se o revólver 38 era legal ou não, se era registrado ou não, se estava em nome de alguém ou não. Além disso, a polícia deve investigar sobre as motivações dos atiradores.
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