Atualmente exercendo seu quinto mandato, Sidnei Santos Leal (PL), 49 anos, foi reeleito vereador em Guararema com 758 votos nas eleições de 2020. Presidente da Câmara Municipal de Guararema, ele é casado e tem uma filha. É formado em Gestão Pública e sua atuação na cidade sempre foi voltada para o social, pelos direitos das crianças, adolescentes, idosos e de cientes.
Já foi secretário de Assistência Social (2007 a 2010); de Cultura (2010 a 2012), de Governo por duas vezes (2012 a 2014) e (2013 a 2014) e, de 2014 a 2020, voltou para a Secretaria da Assistência Social.
Nesta quarta-feira (4), o vereador, mais conhecido como “Sidnei Gordo”, esteve nos estúdios do jornal O Novo, onde concedeu entrevista exclusiva para falar de sua gestão, projetos, dos desafios da pandemia do novo coronavírus e do relacionamento do Legislativo com o Executivo municipal.
O Novo: O sr. está no quinto mandato, a que se deve ao fato de estar tanto tempo na Câmara Municipal?
Sidnei Leal: O difícil não é ganhar a primeira eleição, mas se reeleger, pois é a aprovação do nosso trabalho. E é trabalho. Sempre tive uma boa votação, acredito que pelo meu bom trabalho.
O Novo: Quais seus principais projetos?
Sidnei Leal: Tenho vários projetos ambientais, voltados também para a causa animal e aos direitos e proteção às mulheres. Mas o que eu ‑ z proibindo a plantação de eucalipto foi muito importante, pois o eucalipto tira muita água do solo. Nós realizamos um estudo sobre o assunto. Declarei como utilidade pública o Ampara.
Tem outro que proíbe o uso de cerol; outro que obriga os bares e restaurantes e casas noturnas a adotarem medidas de auxílio à mulher; outro que cria a comemoração do Dia de São Longuinho; que reconhece a Galinhada como prato típico de Guararema; o que cria a Semana do Ciclista; o da colocação de brinquedos adaptados em praças e parques, escolas, para crianças com necessidades especiais; entre outros.
O Novo: O sr. também foi secretário em outros mandatos, fale-nos quais os cargos que ocupou e destaque alguns de seus trabalhos à frente destas secretarias?
Sidnei Leal: Em 2007, fui secretário de Assistência Social a convite do deputado André do Prado, onde participei da implantação do Cras (Centro de Referência e Assistência Social) em Guararema; em 2010, tivemos a questão das enchentes, e isso me marcou muito, pois tivemos que acolher muitas pessoas no primeiro dia do ano.
Depois fui para a Cultura, onde tive a incumbência de implantar o primeiro projeto Cidade Natal; e, a pedido do então prefeito Marcio Alvino, tivemos a oportunidade de reconstruir a Estação Luís Carlos, implantar o Estação Literária e o nosso cinema, muito bonito, que atualmente está fechado por conta da Pandemia. Também, junto ao DER, construímos as rotatórias, entre outras obras e projetos, como a Casa do Adolescente, o Centro do Idoso, com geriatria, e várias oficinas.
O Novo: O sr. é o atual presidente da Câmara, como tem sido comandar o Legislativo nestes tempos de pandemia?
Sidnei Leal: Os seis primeiros meses foram bem complicados e nós optamos por fazer as sessões online, devido a problemas com sinais de Internet. Só fechamos para a população, mas em julho já normalizamos. Temos uma Câmara enxuta, com oito funcionários apenas e os vereadores não têm assessores, nem veículos.
Tivemos vários casos de Covid, mas sempre com muito cuidado, sem parar as sessões. Nossos recursos este ano estão enxutos, tiramos 20% da subvenção dos vereadores. A dificuldade mesmo foi ver a população sofrer com a falta de empregos, com os leitos lotados. Mesmo assim nossa cidade está de parabéns, estamos fazendo um ótimo trabalho no sentido de vacinar toda a população.
O Novo: A Câmara tem vereadores de oposição atualmente?
Sidnei Leal: Não. Hoje, somos os 11 eleitos pela situação. E quem ganha é Guararema. Nosso prefeito sempre chama e explana todos os problemas e isso é muito bom.
O Novo: Como tem sido seu relacionamento com os parlamentares, principalmente depois da uma renovação na Câmara?
Sidnei Leal: Nosso relacionamento é muito bom. Nunca fomos inimigos, só adversários na campanha. Agora todos temos que trabalhar em prol de Guararema.
O Novo: Como vem sendo seu relacionamento com o prefeito da Cidade, José Luiz?
Sidnei Leal: Muito bom. Sempre nos sentamos e conversamos com o prefeito antes de apresentar as proposituras. O Zé foi uma surpresa para todos nós. Ele tem feito um bom mandato.
O Novo: Quais as principais necessidades dos guararemenses atualmente?
Sidnei Leal: Emprego, com certeza. Essa pandemia fechou muitas empresas, comércios. Com a retomada do turismo, cremos que vai melhorar. Hoje, o sonho do guararemense é ter um hospital regional. E isso já está saindo do papel. O esqueleto já está pronto e cremos que, até meados de 2022, já estará pronto. Queremos salvar vidas por meio desse hospital.
O Novo: Esta pandemia tem sido um desafio para as autoridades e gestores, como o sr. vê a atuação do prefeito, dos vereadores e dos deputados que os representam?
Sidnei Leal: Tanto o ex-prefeito Adriano Leite e como o Zé Luís ‑ zeram um bom trabalho, separando os atendimentos, fechando o comércio quando foi necessário. Nós perdemos 100 pessoas, conhecidas, e isso é muito triste. Todo o secretariado trabalhou muito e a retomada está sendo gradual. Recebemos investimentos na Saúde, e muitos tratamentos foram pagos pelo Executivo, porque não temos leitos de UTI na cidade. Hoje temos 65% da população vacinada e isso é fruto de um bom trabalho da Adriana (secretária de Saúde).
O Novo: A pandemia prejudicou a cidade em termos de recebimento de verbas estaduais ou federais?
Sidnei Leal: Sim, com certeza. O desemprego veio e junto a inadimplência de IPTU, ISS, e o repasse dos governos Federal e Estadual caiu bastante. Graças a Deus temos os deputados estadual André do Prado (PL) e o deputado federal Márcio Alvino (PL) que, por meio de emendas, conseguiram suprir essas perdas.
O Novo: A Prefeitura acabou de anunciar o cancelamento do Cidade Natal, um dos eventos mais esperados pela população, pelos comerciantes e pelos turistas. Como o sr vê essa medida?
Sidnei Leal: Por ter implantado o projeto, é muito triste, principalmente para o comerciante. Por outro lado, o gasto para montar o Cidade Natal é muito grande, é um projeto que dura 12 meses. Hoje, não sairia por menos de 2 milhões de reais. Mas a Secretaria já está trabalhando para 2022 e vai ser muito melhor. É uma pena, mas é prudente, porque a pandemia ainda não acabou.