Nacional
Alesp aprova programa "Superação da Pobreza", com foco em renda e qualificação
Projeto do Governo de São Paulo prevê auxílio financeiro e capacitação profissional para famílias em situação de vulnerabilidade

Com 51 votos favoráveis e 14 contrários, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, nesta terça-feira (24), o Projeto de Lei 482/2025, que institui o Programa Superação da Pobreza. A proposta, elaborada pelo Governo Estadual, busca oferecer auxílio financeiro e capacitação profissional para famílias paulistas em situação de vulnerabilidade social. O texto segue agora para sanção do governador.
A iniciativa será coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e prevê um investimento inicial de R$ 500 milhões, que será distribuído entre cofinanciamento municipal, transferência direta de renda e gestão operacional. O programa integra 29 políticas públicas e pretende romper ciclos de pobreza por meio de dois eixos: proteção social e superação da pobreza.
No eixo de proteção social, famílias com maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho poderão receber um auxílio mensal de R$ 150,33 por pessoa. Já no eixo de superação da pobreza, o foco estará na capacitação profissional e geração de renda para famílias com maior potencial de inserção no mercado formal.
Cada núcleo familiar incluído no programa terá um plano de desenvolvimento individualizado, elaborado por agentes públicos com base nas vulnerabilidades e potencialidades identificadas. Esses planos incluirão metas de qualificação, incentivo à inclusão produtiva e bônus financeiros para famílias que cumprirem os objetivos. Segundo o relator do projeto, deputado Danilo Campetti (Republicanos), cada agente público acompanhará até 20 famílias, garantindo apoio constante e personalizado.
Apesar da aprovação, o projeto enfrentou resistência da oposição. Parlamentares criticaram a falta de detalhamento da proposta, especialmente quanto ao financiamento de longo prazo e aos critérios de seleção dos beneficiários. A deputada Monica Seixas (Psol) destacou a ausência de um plano estruturado que contemple o público-alvo com a devida seriedade: “Assistência social é uma política séria que precisa de metas e definição clara de beneficiários. A população vulnerável merece dignidade”.
Agora, a expectativa é que a sanção do governador oficialize a criação do programa, que deverá ser implementado gradualmente nos municípios paulistas a partir do segundo semestre deste ano.