Eleições 2024

Entrevista com Caio Cunha (PODEMOS) atual Prefeito de Mogi das Cruzes e candidato à reeleição em 2024

Nossa série começa com o atual prefeito de Mogi das Cruzes e candidato à reeleição, Caio Cunha, do partido Podemos, que compartilha suas visões para o futuro da cidade e os desafios enfrentados durante sua gestão

Sara Virginia

Publicado

há 3 dias

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O Jornal O Novo inicia uma série de entrevistas exclusivas com os candidatos à prefeitura de Guararema e Mogi das Cruzes, incluindo também os  seus vices de Mogi. O objetivo é oferecer aos eleitores uma visão mais clara das propostas e posicionamentos de cada um dos candidatos. Iniciamos a entrevista com o atual prefeito de Mogi das Cruzes e candidato à reeleição, Caio Cunha, do partido Podemos, que compartilha suas visões para o futuro da cidade e os desafios enfrentados durante sua gestão.

O Novo: Obrigado pela presença.

Caio Cunha: Obrigado você. Obrigado a todos vocês aqui do Jornal O Novo por esse espaço democrático, onde os candidatos podem falar de suas propostas e se apresentar à população. Um espaço como esse tem que ser irrecusável para quem se propõe a ser candidato a um cargo importante como o de prefeito. Obrigado.

O Novo: Candidato, pode se apresentar aos nossos leitores.

Caio Cunha: Bom, eu sou Caio Cunha, tenho 46 anos, pai da Júlia, de 20 anos, e do Miguel, que vai fazer 18. Estou atualmente como prefeito de Mogi das Cruzes, e este é o meu último ano do primeiro mandato. Estou buscando consolidar nosso projeto por mais 4 anos. Sou formado em Tecnologia da Informação, mestrando em Cidades Inteligentes e Sustentáveis, e tenho cursos de Primeira Infância e Combate às Drogas em instituições como a Universidade de Zurique, Harvard e Nobel School.

O Novo: Pergunta sobre desenvolvimento urbano e infraestrutura. De acordo com seu plano de governo, o senhor menciona a expansão de moradias populares e regularizações fundiárias. Como pretende garantir que essas novas unidades sejam sustentáveis e atendam às necessidades das famílias mais vulneráveis?

Caio Cunha: Mogi cresceu muito nas últimas décadas, mas esse crescimento foi mais em prédios, carros e problemas. Montamos um plano para os próximos 40 anos, já aprovado pela Câmara, que todos os futuros prefeitos deverão seguir. Em 3 anos, realizamos mais de 5.000 regularizações fundiárias, e a meta é chegar a 7.000 até o fim do ano. Mais do que construir unidades habitacionais, é necessário fornecer infraestrutura completa, como saúde, educação e saneamento. Isso melhora a qualidade de vida e reduz a necessidade de deslocamento para o centro da cidade.

O Novo: Candidato, houve tentativas de cassação de seu mandato. Como você enxerga essas situações e o que acredita ter motivado esses processos? Isso afeta sua confiança para continuar o trabalho como prefeito?

Caio Cunha: Já tentaram cassar meu mandato cinco vezes. A primeira foi lida na Câmara com apenas um mês e quatro dias de mandato. Não entrei na política para fazer carreira ou ser amigo do sistema, mas para enfrentá-lo. Isso gerou tentativas de cassação e fake news. O último processo, com acusações frágeis, incluía a falsa alegação de que contratei minha irmã, o que é absurdo. Ela realiza tarefas pessoais minhas e é paga com meu dinheiro, não da prefeitura.

O Novo: Sobre transparência e governança, o plano de governo destaca o combate à corrupção e a ampliação da transparência. Como o senhor pretende intensificar a participação cidadã nas decisões governamentais?
Caio Cunha: Acredito que tudo o que é público deve ser acessível ao público. Criamos uma Secretaria de Transparência e Dados Abertos para garantir que qualquer cidadão, e não apenas vereadores, tenha acesso aos dados da prefeitura. Quanto mais transparente formos, menos espaço haverá para fake news e desinformação.

O Novo: Candidato, sobre saúde, quais são suas principais iniciativas para melhorar o sistema de saúde e como pretende garantir um atendimento mais eficiente e de qualidade?


Caio Cunha: A saúde, após a pandemia, tem enfrentado grandes desafios com um aumento significativo de atendimentos. Planejamos aumentar a cobertura da atenção básica de saúde de 40% para 80%, ampliando postos de saúde e horários de atendimento. Também investiremos em telemedicina para áreas com falta de especialistas, como psiquiatria. Além disso, queremos criar um centro odontológico, pois a saúde bucal previne várias doenças, e expandir os serviços de fisioterapia nos bairros.

O Novo: Sobre a abertura da maternidade municipal, uma demanda antiga. Quais são os planos concretos para torná-la uma realidade em seu próximo mandato?


Caio Cunha: É importante que as pessoas entendam que obstetrícia é uma obrigação do estado e da união. A operação da maternidade custa R$ 600 mil por mês, valor que deve ser pago pelo estado, não pelo município. Nós terminamos a obra e estamos articulando para que o estado assuma essa responsabilidade.

O Novo: Candidato, referente à luta contra o pedágio na Mogi Dutra, o senhor tem sido um crítico do silêncio dos demais candidatos que se calaram e aceitaram a decisão. Se reeleito, como você pretende continuar essa luta e garantir que a voz dos mogianos seja ouvida?

Caio Cunha: A função do prefeito não é fazer média com o governador. A função do prefeito não é pensar na sua agenda eleitoral e nem na sua carreira política. A função do prefeito é defender os interesses da cidade. Está mais do que claro que o pedágio é incoerente e não traz nenhum benefício para nossa cidade. Desde quando eu era vereador, já havia me posicionado contra isso. Quando assumimos a prefeitura, conseguimos derrubar o edital do antigo projeto no tribunal de contas. Mudou o governo, e o atual ressuscitou esse projeto. O mais interessante é que, enquanto era época eleitoral para os deputados, todos estavam aqui na Mogi Dutra conosco, dizendo “não” ao pedágio. Foram eleitos, o projeto foi ressuscitado e agora estão em silêncio, inclusive um deputado que Mogi das Cruzes escolheu para ser seu representante em Brasília, o Marco Bertaiolli, que assumiu um cargo vitalício no tribunal de contas, abandonando os 80 mil votos dos mogianos. As pessoas precisam prestar atenção nisso. Nós pensamos na cidade e brigaremos até o fim. Até hoje, essa concessão de pedágio não foi assinada porque temos três processos na justiça. Enquanto esses processos não chegarem ao fim, essa concessão não será assinada. Vamos brigar até o fim para que não haja pedágio na Mogi Dutra.

O Novo: Para finalizar a entrevista, o senhor gostaria de deixar suas considerações finais?

Caio Cunha: Muito obrigado pela oportunidade e pelo espaço. Sempre é importante desenvolver assuntos que, de fato, interessam às pessoas. Quero deixar um recado para todos os mogianos: nós temos lutado intensamente nesses últimos quatro anos. Pegamos uma cidade na pandemia, passando um ano e meio colocando a casa em ordem, mas sempre focados em tratar as pessoas. Recuperamos a economia da cidade respeitando o ciclo econômico, sem fazer mais empréstimos, já que Mogi paga 100 milhões de reais em 28 empréstimos feitos pelas últimas duas gestões. Hoje, Mogi tem a oportunidade de escolher: continuar avançando, transformando a cidade e colocando-a na rota do desenvolvimento, ou voltar atrás. A candidata do PL, vinculada ao Valdemar Costa Neto, representa o que há de pior na política brasileira, incluindo escândalos como o mensalão e investigações de superfaturamento. Na nossa gestão, há quatro anos não há aumento do IPTU e eliminamos práticas nocivas, como a compra de máscaras a 80 reais. Estamos transformando Mogi para que seja um lugar melhor. Conto com seu apoio e seu voto. Caio Cunha e Coronel Chen, é 20.

Sou uma profissional versátil que encara os desafios com paixão e dedicação. Meu interesse pela leitura e busca constante por informações que enriqueçam meu cotidiano são características fundamentais. Atuo como Executiva de Novos Negócios na @evvecomunicacao, onde meu foco está em identificar e desenvolver oportunidades estratégicas, além de manter relacionamentos sólidos com clientes e parceiros. Minha formação acadêmica é em Gerenciamento de Processos, especializada em otimização e gestão eficiente para alcançar metas organizacionais. Além disso, sou casada e mãe de dois meninos, João Abner e Henry Lucca. Nas horas vagas, exercito minha paixão pelo jornalismo digital, compartilhando insights relevantes através das mídias sociais e site de noticia deste portal.