Guararema confirma José Luiz como prefeito para mais um mandato

Em seu primeiro dia de visitas oficiais como a primeira mulher eleita prefeita de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli (PL) cumpriu uma extensa agenda de compromissos. 
Ao lado do seu vice-prefeito, Téo Cusatis (PSD), ela esteve em Jundiapeba para agradecer o apoio depositado pelos moradores nas urnas, no último domingo (06/10), e reafirmou os compromissos assumidos durante a campanha.

"Fiz questão de vir até o distrito, porque tivemos aqui uma votação histórica. Vamos cuidar dos moradores de Jundiapeba, abrindo novas unidades de saúde, ampliando o atendimento na Única (Unidade Clínica Ambulatorial), construindo mais creches e escolas em período integral", destacou Mara Bertaiolli, salientando ainda que o Integra Mogi, que será o novo complexo viário de Mogi das Cruzes, terá um dos principais eixos estruturantes, justamente no distrito. "Será um novo tempo para Jundiapeba”, ressalta.

No período da tarde, Mara Bertaiolli, sempre ao lado do seu vice-prefeito, esteve na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes. Organizado pelo vereador e presidente da Mesa, José Francimário Vieira de Macedo Farofa (PL), a prefeita eleita participou de uma reunião com todos os vereadores. Durante uma hora, ela se colocou à disposição do Legislativo, neste mandato, que se encerra em dezembro, e a partir de 2025, quando assumirá a Prefeitura pelos próximos quatro anos.
"Estive na Câmara em sinal de respeito a todos os vereadores e para ressaltar que teremos uma administração focada no diálogo e na transparência", destaca a prefeita eleita.

TRANSIÇÃO

Questionada sobre a transição com a atual gestão, Mara Bertaiolli afirmou que espera que este seja um processo transparente e aberto. "Precisamos saber ao certo qual a real situação financeira e econômica da Prefeitura, dos contratos e dos serviços prestados", disse. Sobre o secretariado, a prefeita eleita salientou que ainda não há qualquer nome escolhido. "Mas eu garanto que será um grupo formado por técnicos e mogianos", afirma.

A Secretaria Municipal de Assistência Social realizou nos últimos dias uma reunião de trabalho para tratar de uma importante novidade para mulheres vítimas de violência. A partir de agora, aquelas que possuem medida protetiva e atendem a alguns critérios de elegibilidade passarão a receber o Auxílio-Aluguel, um apoio financeiro temporário disponibilizado pelo Governo do Estado, que visa assegurar moradia e/ou espaço de proteção. 

O benefício está disposto na Lei 14.674/2023, que alterou a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), para inserir um inciso no artigo 23, possibilitando ao juiz, quando necessário, a concessão à ofendida de auxílio-aluguel, com valor fixado conforme sua situação de vulnerabilidade social e econômica, por período que não pode ultrapassar os seis meses. 

Para ter acesso ao auxílio, as mulheres precisam comprovar renda familiar de até dois salários mínimos (antes da separação), ter medida protetiva expedida com base na Lei Maria da Penha, ter domicílio no Estado de São Paulo e comprovar estar em situação de vulnerabilidade. 

Entende-se por situação de vulnerabilidade social ter inscrição no Cadastro Único, não ter imóveis em seu nome (além do imóvel em que habita com o seu agressor) e ter relatório emitido por órgão de serviço público. Dentro deste âmbito, mulheres com dois ou mais filhos têm prioridade no atendimento. 

O valor do auxílio é de R$ 500,00 pelo período de seis meses, a ser pago por meio da Poupança Social do Banco do Brasil - a mesma utilizada para programas sociais como Bolsa Família. Ele pode ser renovado por mais seis meses mediante relatório multiprofissional da Assistência Social, indicando a persistência da situação de vulnerabilidade. 

O fluxo para que a mulher vítima de violência tenha acesso ao auxílio começa por atendimento em órgão público de atendimento à mulher, o que pode ser em delegacias, anexos de violência doméstico, unidade de acolhimento ou demais servidos da rede socioassistencial. 

A partir deste primeiro atendimento, é feita a identificação das condicionalidades, seguida por encaminhamento para atendimento no CREAS e atuação de técnicos do órgão gestor. A eles, cabe receber e avaliar os documentos comprobatórios, acessar o sistema de cadastro e inscrever a beneficiária no sistema informatizado, até que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDS) realize o pagamento diretamente à vítima. 

Ao município, compete formar termo de adesão ao auxílio, indicar técnicos municipais que ficarão responsáveis pelo cadastramento das informações das beneficiárias, bem como pela validação e atestação da veracidade das informações prestadas. Também é responsabilidade da cidade comunicar à SEDS sobre quaisquer eventuais irregularidades, além de divulgar equipamentos municipais para onde as mulheres devem ser direcionadas visando realização de boletins de ocorrência, obtenção de medidas protetivas e recebimento dos devidos acompanhamentos pela Assistência Social. 

O município também se responsabiliza por emitir relatórios, orientar as beneficiárias em relação às formas de acesso ao pagamento, garantir o acompanhamento socioassistencial da beneficiária do auxílio, avaliar pedidos de prorrogação, promover o monitoramento do auxílio no âmbito de seus respectivos territórios, bem como comunicar imediatamente a SEDS em casos de não atendimento aos critérios e elegibilidade do benefício. 

Já à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social cabe, além da disponibilização do auxílio, divulgá-lo, monitorar sua execução e coordenar o processo de adesão por parte dos municípios. O Estado também se responsabiliza pelo cadastro de beneficiárias com ordem judicial e pela comunicação disso ao município, além de ofertar orientação e apoio técnico, elaborar e divulgar periodicamente relatórios de gestão do auxílio.

Em uma eleição marcada pela disputa acirrada, Mara Bertaiolli (PL) foi eleita prefeita de Mogi das Cruzes no primeiro turno, vencendo o atual prefeito Caio Cunha (PODEMOS). Mara obteve 51,08% dos votos válidos, totalizando 113.271 votos, garantindo a vitória e assumindo o comando da prefeitura pelos próximos quatro anos.

Caio Cunha, que buscava a reeleição, terminou em segundo lugar com 31,15% dos votos válidos (69.065 votos), enquanto o candidato Rodrigo Valverde (PT) ficou em terceiro, com 16,06% dos votos válidos (36.811 votos). Outros candidatos, como Professora Sheila Mantovanni (Mobiliza), que obteve 0,66% (1.453 votos), e Doutor Roberto Rodrigues (PRTB), com 0,52% (1.151 votos), completaram a disputa.

Vitória Acirrada no Primeiro Turno
A vitória de Mara Bertaiolli, ainda que por uma margem estreita, foi suficiente para encerrar a disputa no primeiro turno, uma vez que alcançou mais de 50% dos votos válidos. O resultado mostra um cenário eleitoral polarizado, com Mara conseguindo conquistar a maioria do eleitorado em uma disputa competitiva.

Um Novo Capítulo para Mogi das Cruzes
Mara Bertaiolli, com seu resultado, inicia uma nova fase política em Mogi das Cruzes. Sua campanha foi focada em temas como desenvolvimento econômico, infraestrutura e saúde, áreas que prometem ser prioridade em sua gestão. A eleição também marca uma transição de poder, com Mara sucedendo Caio Cunha, que tentava a reeleição mas não conseguiu o apoio suficiente para continuar na liderança da cidade.

 

Candidatos eleitos e reeleitos:

Malu Fernandes - Reeleito - PL
2,33% - 5.089

Felipe Lintz - Eleito - PL
1,98% - 4.322

Maurinho do Despachante - Reeleito - PRD
1,94% - 4.234

Bi Gêmeos - Reeleito - PSD
1,70% - 3.712

Inês Paz - Reeleito - PSOL
1,66% - 3.622

Clodoaldo de Moraes  - Reeleito - PL
1,60% - 3.503

Farofa - Reeleito - PL
1,59% - 3.467

Fernanda Moreno - Reeleito - MDB
1,56% - 3.407

Vitor Emori - Reeleito - PL
1,54% - 3.355

Edson Santos  - Reeleito - PSD
1,51% - 3.296

Marcos Furlan - Reeleito - PODE
1,43% - 3.126

Prof Eduardo Ota - Reeleito - PODE
1,39% - 3.030

Mauro do Salão - Reeleito - PL
1,32% - 2.888

Osvaldo Silva - Reeleito - REPUBLICANOS
1,26% - 2.762

John Ross - Reeleito - PRD
1,24% - 2.708

Iduigues Martins - Reeleito - PT
1,17% - 2.550

Juliano Botelho - Reeleito - PSB
1,14% - 2.498

Pedro Komura  - Reeleito - UNIÃO
1,09% - 2.390

Dr Otto Rezende  - Reeleito - PSD
1,08% - 2.351

Mauro Araújo - Eleito - MDB
1,07% - 2.340

Priscila Yamagami  - Eleito - PP
1,02% - 2.238

Johnny da Inclusão - Eleito - AVANTE
0,92% - 2.003

Rodrigo Romão - Eleito - PC DO B
0,91% - 1.987