Guararema
Artista guararemense Luis Bueno cria obra que vira febre: 'Pelé Beijoqueiro'
Arquivo Pessoal
A partir do momento em que a falta de água deixou de ser um problema que, aparentemente, afetava somente o Nordeste e passa a preocupar regiões do país que pareciam imunes ao problema, torna-se uma boa hora para refletir sobre o assunto, especialmente porque na sexta-feira, 22 de março, foi o Dia Mundial da Água, data instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 21 de Fevereiro de 1993.
Se até algum tempo atrás poderia parecer ilógico preocupar-se com a escassez, quando sabemos que 75% do planeta é recoberto por água, atualmente, ninguém parece mais duvidar de que o líquido é um recurso que é finito.
Acontece que a água doce representa apenas 3% de toda a água que cobre o planeta, sendo que, apenas parte dela é acessível, uma grande porção está concentrada em geleiras e lençóis freáticos muito profundos.
Segundo a previsão da ONU, até o ano de 2030 quase a metade da população mundial terá problemas com o abastecimento de água. O relatório divulgado avalia que a demanda por água no mundo crescerá em 55% até o ano de 2050.
De acordo com a Unesco, o aumento do consumo será devido ao crescimento populacional, que deve subir de 7,2 bilhões para 9,1 bilhões em 2050, com 6,3 bilhões de pessoas vivendo em áreas urbanas. Atualmente, segundo o relatório, 748 milhões de pessoas no mundo já estão sem acesso à água potável.
O documento ainda adverte que a falta de água pode provocar disputas graves pelo recurso. Para a Unesco, o “desenvolvimento insustentável e falhas de governança têm afetado a qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos”, e alerta, “a não ser que o equilíbrio entre demanda e oferta seja restaurado, o mundo deverá enfrentar um deficit global de água cada vez mais grave”, sendo os mais afetados os pobres, as mulheres e as crianças.
O desafio que se coloca para o mundo é: como continuar produzindo alimentos para uma população que cresce cada vez mais, já que é na agricultura que é consumida a maior parte da água mundial, seguida de perto pela indústria.
Esse problema que nenhum país poderá resolver de forma isolada, sendo necessária a cooperação mundial para preservar e ampliar as fontes de água potável. Em vez de ser um elemento de disputa, a água poderia ser um instrumento de união entre os povos.
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