Conexão Esportiva

Saldo positivo para o hipismo paralímpico brasileiro em Tóquio

Pedro Rebouças

Publicado

há 2 anos

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Saldo positivo para o hipismo paralímpico brasileiro em Tóquio

Wander Roberto/CPB @wander_imagem

O hipismo brasileiro encerrou com saldo positivo sua participação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, cujo ponto alto foi a conquista da medalha de prata na disputa técnica do Adestramento Paraequestre Grau IV.

O inédito feito foi realizado pelo cavaleiro paulista Rodolpho Riskalla (foto), na quinta-feira 26 de agosto, durante a prova que abriu a programação paralímpica no Parque Equestre Baji Koen.

O brasileiro, que montou o hanoveriano Don Henrico, foi o terceiro dos quinze cavaleiros participantes a entrar em pista e, após uma bela apresentação embalada pela trilha de Aquarela do Brasil, fechou sua participação com 74,659% de aproveitamento, garantindo assim a segunda colocação e a medalha de prata.

O bom resultado garantiu ainda a presença de Riskalla e Don Henrico na prova Estilo Livre (Frreestyle). A disputa, que reuniu os 40 conjuntos que ficaram entre os oito melhores colocados nas provas técnicas dos cinco graus em que se divide a modalidade, aconteceu nessa segunda, 30 de agosto, com o conjunto brasileiro terminando na quinta colocação, após registrar a nota 73,895%.  

A apresentação do conjunto teve alguns momentos de tensão a galope, prejudicando o desempenho e o sonho de uma segunda medalha: “No trote e passo fomos super bem e no galope o Don Henrico esquentou um pouco. Aí ele demora um tempinho para acalmar de novo, as figuras são próximas e com a tensão perdemos um pouco em harmonia. Não podemos falar que foi ruim, ficamos em quinto e temos uma medalha de prata. Continua todo mundo feliz e pronto para a próxima: daqui a um ano no Mundial", comentou Riskalla.

Já o outro representante brasileiro no Adestramento Paraequestre, o brasiliense Sérgio Fróes Oliva, ficou em 10º entre os 18 competidores da prova técnica do Grau I, disputada na sexta-feira 27 de agosto. Montando Milenium, Sérgio registrou a boa média de 69,643%, mas não conseguiu avançar para a disputa do Estilo Livre.

O brasiliense e sua equipe, entretanto, ficaram satisfeitos com o resultado, tanto por conta da evolução rápida do conjunto recém-formado com Milenium como pelo fato do atleta paralímpico ter ficado sem competir internacionalmente do início de 2020 até a Paralímpiada em decorrência da pandemia da Covid-19.

“Encerro minha estadia no Japão com grande aprendizado. Foi uma vitória o que fizemos em pista na competição mais difícil que já participei. A equipe do Brasil está de parabéns pelo resultado. Eu, particularmente, acredito que fiz 100% do possível”, disse Sérgio, que é dono de duas medalhas de bronze nos Jogos do Rio 2016 e que garantiu sua quarta participação paralímpica consecutiva em Tóquio.

Diretora de Modalidades Paraequestres da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e treinadora do cavaleiro, Marcela Parsons diz estar bem feliz com o resultado. “O Sérgio e o Milenium evoluíram muito rápido, saindo de um percentual 61% há um mês e meio para quase 70%", destacou a dirigente brasileira.

O Brasil soma agora cinco medalhas no adestramento paralímpico. Além da inédita prata de Rodolpho Riskalla em Tóquio, o país conta com os dois bronzes conquistados por Marcos Fernandes Alves, o Joca, em Pequim 2008, e com os outros dois bronzes obtidos por Sérgio Fróes Oliva na Rio 2016. (Com informações adicionais de Imprensa CBH) 

Jornalista especializado no segmento equestre, escreve sobre as principais notícias do hipismo regional e nacional. Com passagens por publicações como as revistas Cavalos, Helvetia Polo International e Equest, é desde 2009 editor da revista Mangalarga. Possui ainda uma longa carreira na área de assessoria de imprensa, já tem sido responsável pela comunicação de grandes eventos do setor, como a Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga, o Campeonato Panamericano de Enduro Equestre, o Campeonato Brasileiro de Enduro Equestre, o Campeonato Paulista de Enduro Equestre, a Copa de Marcha Mangalarga, o Leilão Tarlim Mangalarga e o Leilão Genética de Campeões do Cavalo Lusitano. Também é o responsável pela coluna Momento Equestre, veiculada pelo programa Conexão Esportiva, da Rádio Metropolitana.