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Ciência e Saúde

Prefeitura de Guararema registra baixa procura pela terceira dose da vacina contra a Covid-19

Até o momento, foram vacinadas 20.323 pessoas na cidade, o equivalente a 67,44% da população com a D3 de combate a doença

Lívia Rios

Publicado

há 2 anos

em

Prefeitura de Guararema registra baixa procura pela terceira dose da vacina contra a Covid-19

Especialista diz que, a baixa cobertura vacinal, deixa a população mais vulnerável

As vacinas são consideradas uma das maiores conquistas do mundo moderno, pois elas contribuíram para a erradicação de algumas doenças e também por agirem no fornecimento de mais qualidade de vida. No entanto, ainda há muitos grupos que geram a mobilidade antivacina.

Em entrevista, a professora do curso de Biomedicina da Estácio, Alessandra Roggerio, disse o porquê de muitas pessoas serem resistentes aos imunizantes. “A partir da década de 80, o movimento antivacina começou a aumentar, após algumas suspeitas da vacina contra sarampo estar associada ao autismo.”

“As principais causas disso estão associadas a desinformação, motivos pessoais, culturais, políticos e religiosos”, complementa ela.

Além deste ponto, foi levantada também a questão se a pandemia da Covid-19, juntamente com as ‘Fake News’ da doença, teriam colaborado com essa desconfiança. Para a profissional, a aceitação e a hesitação dependem das crenças na vacinação, na segurança, confiança que é depositada no sistema que fornece as substâncias e também nos medos dos efeitos colaterais.

“Diversos mitos e teorias da conspiração surgiram durante a pandemia em diversos lugares do mundo, dando voz aos movimentos, que já acreditavam que elas não funcionam ou que são ativamente prejudiciais”, diz Alessandra.

Conforme essas falas, a equipe do O Novo foi em busca de informações que revelassem a cobertura vacinal, especificamente sobre a terceira dose do Coronavírus, na cidade de Guararema e Mogi das Cruzes.

De acordo com a prefeitura de Guararema, até o momento foram vacinadas 20.323 pessoas, o equivalente a 67,44% da população com a D3. Foi argumentado também pela unidade que eles estão com baixa procura com relação ao imunizante.

Já em Mogi, até agora, 266.067 indivíduos receberam a terceira dose. Os índices de cobertura variam de acordo com as faixas etárias. Entre idosos, por exemplo, estima-se que a dose foi aplicada em 100%.

Precariedade vacinal

Cada vez mais, o nível da cobertura vacinal vem despencando no Brasil. Conforme a fala da especialista de biomedicina, Alessandra Roggerio, e dados do DATASUS, o ideal é que a taxa seja acima de 90%, mas no último ano, o resultado foi de apenas 60,7%.

Para o Dr. Infectologista e diretor clínico do Hospital IGESP, Marcos Antonio Cyrillo, “não há justificativas para não se imunizar, já que o país oferece vacinas gratuitas, de boa qualidade e aplicadas por pessoas treinadas.”

Outra questão é sobre a segurança das vacinas. A profissional Alessandra conta que, “todas as vacinas licenciadas para uso passam por diversas fases de avaliação, desde o processo inicial de desenvolvimento, até a fase de aplicação. Entretanto, podem acontecer reações eventuais, que podem ter intensidades diferentes, juntamente com fatores individuais de cada paciente.”

Por fim, os dois profissionais da saúde, Andressa e Marcos, concluem dizendo que, “vacinas salvam vidas.”

Lívia Rios é estudante de comunicação social • Jornalismo;

Além de repórter e apresentadora do jornal O Novo.

 

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