Ciência e Saúde

Especialista alerta sobre os riscos da dengue no organismo

Números exorbitantes nos casos da doença chegam a 113,7 %, em relação a 2021; chuvas contribuem para a proliferação do mosquito

Lívia Rios

Publicado

há 1 ano

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Especialista alerta sobre os riscos da dengue no organismo

Estudos da Fundação Oswaldo Cruz apontam risco da dengue em idades avançadas / Foto: José Cruz/Agência Brasil

Com o término do inverno e chegada da primavera, as previsões temporais tendem a ficar cada vez mais instáveis. Ou seja, é muito comum que pancadas de chuvas aconteçam nessa época do ano. No entanto, isso se torna uma preocupação, justamente porque águas paradas são as fontes para que haja a proliferação do mosquito Aedes Aegypit, transmissor da Dengue, Zika Vírus e Chikungunya.

De acordo com o professor e coordenador do curso de Biomedicina da Estácio, Vivaldo Medeiros, a taxa de transmissão da dengue segue alta no Brasil, não só pela anormalidade temporal, mas sim pela falta de preocupação com as políticas públicas em relação à doença.

“Focando exclusivamente na pandemia da COVID-19, os planos de orientação foram afetados, deixando a população descrente da gravidade da dengue”, complementa o professor.

Ainda dito por ele, foram constatados números exorbitantes de casos de dengue, cerca de 113,7% em relação a 2021. “Acredita-se que a tendência é aumentar ainda mais se não houver uma retomada no cuidado ao Aedes Aegypti.”

Com este resultado, a equipe do O Novo foi em busca de informações sobre a quantidade de casos na cidade de Guararema. Foram registradas 21 ocorrências em 2022; 27 casos em 2021; 68 casos em 2020; 09 casos em 2019.

Perigo

A dengue é uma doença infecciosa e que se apresenta de diversas formas. Ainda em entrevista com o professor e coordenador de Biomedicina, Vivaldo Medeiros, os principais sintomas da enfermidade são: febre alta, cerca de 40º (manifestação inicial), com duração de aproximadamente 7 dias, associadas a dores de cabeça, corpo e articulações. Além disso, ele conta que o indivíduo pode manifestar também fraqueza, dor atrás dos olhos e coceira na pele, com exceção de vômitos e perda de peso.

Outro ponto destacado por ele é sobre o período em que o vírus leva para começar a se desenvolver no organismo. “A média é entre 5 a 6 dias, após a picada do mosquito Aedes Aegypit. Esse tempo passa a contar a partir da manifestação da febre alta.”

Por fim, o professor ressalta que é importante que o cidadão se conscientize e busques cuidados com a saúde, pois a doença pode levar pacientes a óbito.

Lívia Rios é estudante de comunicação social • Jornalismo;

Além de repórter e apresentadora do jornal O Novo.

 

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