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O Grupo de Fiscalização Integrada do Alto Tietê Cabeceiras (GFI-ATC) realizou, nesta quarta-feira (20), uma operação de grande porte em regiões estratégicas de Mogi das Cruzes. As equipes se concentraram em Quatinga, Pindorama e Taiaçupeba, locais inseridos em áreas de mananciais essenciais para o abastecimento de milhões de pessoas na Grande São Paulo.

O trabalho envolveu funcionários municipais, estaduais e policiais, que saíram em comboio da sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal pela manhã. Ao longo da ação, foram identificados e embargados 75 lotes irregulares, com os proprietários sendo notificados sobre as irregularidades e orientados a buscar os órgãos competentes.

A secretária municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal, Patricia Cesare, ressaltou a relevância da fiscalização:

O Grupo de Fiscalização Integrada tem uma atuação contínua na região e estamos cumprindo uma determinação da prefeita Mara Bertaiolli para intensificar o trabalho integrado com o Estado e demais órgãos, sempre com o objetivo de preservar a biodiversidade e, neste caso específico, garantir a qualidade e produção de água, que abastece milhões de pessoas na Grande São Paulo — afirmou.

O GFI-ATC é vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística e tem como missão coibir parcelamentos irregulares de solo na região sul do município, onde se localiza a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais (APRM) do Alto Tietê Cabeceiras. Essa área protege o Sistema Produtor do Alto Tietê (SPAT), que reúne os principais reservatórios de abastecimento da região.

Na operação, participaram o Departamento de Licenciamento e Fiscalização Ambiental, Polícia Militar Ambiental, Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais, Patrulha Ambiental, Departamento de Fiscalização de Posturas, Departamento de Fiscalização de Obras, Cetesb e a Diretoria de Proteção e Fiscalização Ambiental do Estado.

De acordo com a legislação vigente, as APRMs são sub-bacias hidrográficas de interesse regional, voltadas à produção de água. Em Mogi das Cruzes, 49% do território é composto por áreas de mananciais, com destaque para Quatinga, Barroso e Taiaçupeba.

O Ministério da Saúde iniciou, este mês, a distribuição gradual do exame de DNA-HPV, que passará a substituir progressivamente o papanicolau no rastreamento do câncer de colo do útero pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O novo teste, feito a partir da secreção do colo do útero, é capaz de identificar 14 tipos do papilomavírus humano (HPV) considerados de maior risco para o desenvolvimento da doença.

Com a mudança, o DNA-HPV passa a ser o teste primário, enquanto o papanicolau ficará restrito à confirmação de casos positivos. A implantação já começou em 12 localidades, com um município selecionado em cada um dos seguintes estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, além do Distrito Federal.

A meta é que, até dezembro de 2026, a nova forma de rastreamento esteja disponível em toda a rede pública nacional, alcançando anualmente cerca de 7 milhões de mulheres entre 25 e 64 anos.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a capacidade do SUS deve acelerar a implementação em comparação a outros países que já adotam o exame, como Reino Unido, Espanha e Portugal, que levaram três anos para difundir o teste nacionalmente.

“Estamos aproveitando a infraestrutura criada durante a pandemia para os testes de biologia molecular. Essa estrutura agora será utilizada para o diagnóstico do HPV, permitindo reduzir o tempo de espera e iniciar o tratamento o mais rápido possível. Com diagnóstico mais rápido e tratamento precoce, podemos salvar muitas vidas”, afirmou Padilha, durante o lançamento da iniciativa em Recife.

Guararema conquistou a primeira posição no Alto Tietê no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), divulgado em agosto de 2025. O município alcançou 57,35 pontos e figura na 515ª colocação no ranking nacional, superando cidades vizinhas como Arujá, Salesópolis, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Santa Isabel, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba.

O levantamento classifica Guararema no nível “médio” de desenvolvimento sustentável, mas revela resultados expressivos em áreas estratégicas. O município obteve nota “muito alta” (80 a 100 pontos) nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU relacionados à Energia Limpa e Acessível e Cidades e Comunidades Sustentáveis.

A cidade também atingiu nível “alto” em Saúde de Qualidade, Educação de Qualidade, Água Potável e Saneamento, Ação Climática, Paz e Justiça, além de Parcerias para a Implementação dos ODS.

“Esse é um resultado coletivo, que mostra que estamos alinhados com políticas públicas que cuidam do crescimento sem perder de vista a qualidade de vida e a preservação ambiental. É uma conquista da Prefeitura, mas também e principalmente dos moradores de Guararema”, afirmou o prefeito Zé.

O índice é realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, em parceria com o Sustainable Development Solutions Network (SDSN), com consultoria do Cebrap e apoio da Caixa Econômica Federal, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da União Europeia.