Brasil

Presidente anuncia aumento no salário mínimo

O atual Presidente da República anunciou, no último dia 16, o reajuste do salário mínimo, reposição inflacionária e crescimento do PIB  

Kauany Germano

Publicado

há 1 ano

em

Presidente anuncia aumento no salário mínimo

“É um compromisso meu com o povo brasileiro. Nós vamos acertar o movimento sindical, junto ao Ministério do Trabalho.” / Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

A partir do dia 1° de maio, dia do trabalhador, o salário mínimo será de R$1.320,00. Atualmente, o pagamento é de R$1.302,00. Junto com o reajuste, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que também será levado em conta a reposição inflacionária, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a correção da tabela de Imposto de Renda, que será progressiva até chegar aos R$5.000,00. A informação foi dada durante uma entrevista em canal fechado e reforçada numa postagem através do perfil oficial do Presidente, via Twitter.

No mesmo dia, foi também anunciado que estarão isentos do pagamento de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), os trabalhadores que possuem uma renda mensal de até R$2.640,00, equivalente a dois salários mínimos. De acordo com o presidente, a política de isenção será gradativa, até atingir a marca de R$5.000,00 mensais.

“O salário mínimo terá, além da reposição inflacionária, o crescimento do PIB. É a forma mais justa de você distribuir o crescimento da economia. Não adianta o PIB crescer 14% e você não distribuir. Ou seja, é importante que ele cresça 5%, 6%, 7% e que você distribua isso com a sociedade. É isso que vai acontecer. Nós vamos aumentar o salário mínimo todo ano. A inflação será reposta e o crescimento do PIB será colocado no salário mínimo”, declarou Lula.

A faixa de isenção será corrigida pela primeira vez desde 2015 (Lei 13.149/2015), quando havia sido definida em R$ 1.903,99. Em consequência da defasagem na tabela de reajuste, com a inflação acumulada nos últimos 8 anos, trabalhadores que ganham menos de um salário mínimo e meio, passaram a pagar também os impostos. Sem intenção de reajustar as demais faixas para quem recebe salários maiores, para os integrantes da equipe econômica, a ação concentraria o benefício em trabalhadores que possuem uma renda mais baixa.

Segundo alguns especialistas em contas públicas, caso a regra entre em vigor no mês de maio, estima-se um gasto de aproximadamente R$5 bilhões. Quanto a promessa de isenção do pagamento de imposto de renda para quem recebe até R$2.640,00, os custos seriam em torno de R$108 bilhões, para o governo federal em 2023. Caso seja vigorada a intenção de isentar trabalhadores que ganhem até R$5 mil mensais, o governo teria uma perda na arrecadação de R$226 bilhões anuais, de acordo com os cálculos feitos pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Nacional).