Na tarde de 9 de agosto de 2024, um avião turboélice da Voepass, com 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo, caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo (SP), durante o voo que seguia de Cascavel (PR) para Guarulhos (SP). A tragédia, que ocorreu por volta das 13h20, resultou na morte de todas as 62 pessoas a bordo. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Vinhedo, e a notícia abalou a região, gerando uma série de questionamentos sobre as condições de segurança da aeronave.
O acidente levantou preocupações sobre possíveis falhas mecânicas e a formação de gelo nas asas, um dos fatores que está sendo investigado como uma das causas da queda. O ATR-72-500, modelo da aeronave acidentada, havia apresentado problemas técnicos recorrentes antes do acidente, incluindo um incidente grave em março, quando a cauda do avião teve contato anormal com a pista durante o pouso em Salvador, causando danos estruturais.
Além disso, relatos indicam que a aeronave enfrentou desafios adicionais durante o voo fatal, como a possível formação de gelo nas asas, um fenômeno comum em altitudes operadas por aeronaves turboélice como o ATR-72-500. Essa formação de gelo pode ter contribuído para a perda de sustentação, levando ao que é conhecido como "parafuso chato", um tipo de queda onde a aeronave perde totalmente o controle. Casos semelhantes já ocorreram, como um acidente nos Estados Unidos há 30 anos, envolvendo um ATR da American Eagle, atribuído ao acúmulo de gelo nas asas.
As investigações continuam, mas a tragédia já traz à tona questões sobre a manutenção da aeronave e a eficácia dos procedimentos adotados pela Voepass. A empresa, em comunicado, afirmou que o avião estava em condições adequadas de voo e que todas as manutenções foram realizadas conforme as exigências legais, enquanto a análise detalhada dos fatores que levaram à queda segue em andamento.
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