Brasil
Dia do Orgulho Autista celebra inclusão e reforça luta contra o preconceito
Comemorada hoje, 18 de junho, a data dá visibilidade à neurodiversidade e destaca a importância do diagnóstico precoce e da empatia no dia a dia

Celebrado nesta quarta-feira, 18 de junho, o Dia do Orgulho Autista tem como principal objetivo promover a visibilidade e o respeito às pessoas que estão dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A data reforça a importância da inclusão, do combate ao preconceito e da valorização das vivências neurodivergentes.
Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 2,4 milhões de brasileiros declararam ter diagnóstico de TEA o que representa aproximadamente 1,2% da população. Especialistas, no entanto, apontam que esse número pode ser ainda maior, já que muitas pessoas vivem anos ou até décadas sem receber diagnóstico.
A comemoração do Dia do Orgulho Autista surgiu para contrapor visões capacitistas e celebrar a identidade autista, reconhecendo as potencialidades, os desafios e os direitos dessa população. A ideia é destacar que, mais do que uma condição clínica, o autismo é uma maneira única de perceber e interagir com o mundo.
Entre os principais desafios enfrentados por quem está no espectro, estão o acesso ao diagnóstico precoce, ao acompanhamento multiprofissional e a ambientes inclusivos, tanto na educação quanto no mercado de trabalho. A falta de informação ainda é um grande obstáculo, o que reforça a importância de campanhas educativas e políticas públicas eficazes.
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado na discussão sobre neurodiversidade, com maior presença de influenciadores autistas, criação de conteúdos acessíveis e aprovação de leis voltadas à inclusão. No entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir que direitos sejam plenamente respeitados.
O símbolo mais conhecido do autismo é o quebra-cabeça colorido, que representa a complexidade e a diversidade do espectro. Neste 18 de junho, ele ganha ainda mais força como representação da luta por empatia, reconhecimento e igualdade.
Além da conscientização, a data também é um convite à escuta ativa e à valorização das experiências de quem vive no espectro autista. Cada história, cada jornada, é uma peça fundamental para construir uma sociedade mais acolhedora e justa.