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Casos de violência contra a mulher diminuem na região da Grande São Paulo durante a pandemia

Apuração foi feita com base nos dados sobre violência contra a mulher divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de SP De acordo com um levantamento feito pela redação do Jornal O Novo

Ana Luiza Moreira

Publicado

há 4 anos

em

Casos de violência contra a mulher diminuem na região da Grande São Paulo durante a pandemia

SSP

De acordo com um levantamento feito pela redação do Jornal O Novo com base nos dados de violência contra a mulher divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, mesmo com o aumento de casos de violência contra as mulheres em grande parte dos estados durante a pandemia, na região Demacro, que compõe-se de 9 Delegacias Seccionais de Polícia da Grande São Paulo, os casos diminuíram de foram considerável em 2020.

Os resultados da apuração foram adquiridos após a soma dos meses de março à outubro de 2019, quando ocorreram 22 feminicídios, 6.713 lesões corporais dolosas e 428 estupros. Já na mesma época do ano em 2020, tempo de quarentena, foram: 20 estupros, 5.617 casos de lesão corporal dolosa e 309 estupros. O único mês em que os dados são maiores durante a pandemia é julho, no qual foram 756 lesões contra mulheres em 2020, contra 742 em 2019 e 52 estupros em 2020, contra 49 em 2019.

A região Demacro conta com as denúncias dos seguintes municípios: Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana do Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.

Mesmo com o resultado positivo nas cidades do Alto Tietê, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos afirma em sua cartilha ‘Mulheres na Covid-19’, que “durante o período de distanciamento social, países registraram aumento no número de casos de violência doméstica e, aqui no Brasil, a situação já se repete em alguns Estados. Duas coisas são importantes para conter a violência nesse momento: informação e atendimento”.

Em casos de violência ou dúvidas sobre quais os direitos da mulher de acordo com a legislação, o telefone a ser acionado é o 180, serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher que as direciona para os serviços especializados da rede de atendimento.

Além disso, também é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil, na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos e pelo Telegram, através da busca “DireitosHumanosBrasil”.

A jornalista Ana Luiza Moreira é formada pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), é desenvolvedora do Portal Freaks! e atua como redatora do Jornal O Novo.