Prefeitura cobra indenização da INTS por morte de Manoel Ferreira, de 33 anos, no último dia 10/05
Instituto que gerencia o Cresamu confirma falhas e demite socorristas; Prefeitura exige que a organização indenize a família da vítima e colabore com investigação criminal
A Prefeitura de Mogi das Cruzes intensificou a cobrança por providências da INTS (Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde), organização social responsável pela gestão do Cresamu, após a morte de Manoel Ferreira, de 33 anos, atendido no dia 10 de maio e que faleceu horas depois. O relatório da sindicância conduzida pelo próprio Instituto confirmou “falhas operacionais” e “condutas incompatíveis com as normas institucionais”, resultando na demissão da médica, da técnica de enfermagem e do motorista envolvidos.
O caso ganhou ampla repercussão porque, segundo as investigações, Manoel sofreu um acidente ao colidir sua motocicleta contra um caminhão guincho. O atendimento foi iniciado no local, mas, em vez de ser levado ao hospital, o paciente foi deixado em outro endereço, a cerca de três quilômetros do ponto inicial. Mais tarde, no segundo chamado ao SAMU, ele foi encontrado sem vida neste novo local. O que está sendo investigado é justamente o motivo pelo qual ele foi retirado da ambulância e deixado ali, sem encaminhamento hospitalar, em desacordo com os protocolos de atendimento a vítimas de trauma.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento do primeiro atendimento. Segundo relatos, a equipe teria induzido Manoel a recusar o socorro, embora o protocolo exija o encaminhamento ao hospital nesses casos. As imagens mostram o paciente aparentemente confuso, e levantam dúvidas sobre a alegação da equipe de que houve recusa consciente por parte dele.
Apesar do afastamento imediato dos profissionais e da apuração interna, o documento enviado pela INTS à Prefeitura não esclarece se houve suporte à família da vítima. A secretária municipal de Saúde, Rebeca Barufi, foi categórica ao afirmar que a Prefeitura está reiterando formalmente à diretoria do Instituto a cobrança por atendimento e indenização moral e material. “Solicitamos providências transparentes e efetivas, inclusive o devido amparo à família, pelo sofrimento e os danos causados. A INTS precisa assumir a responsabilidade pelo ocorrido”, declarou.
Em paralelo, o Município também deu início a um processo administrativo para verificar a conduta da INTS como contratada e aplicar penalidades cabíveis. Para reforçar a atuação no âmbito criminal, a Secretaria de Assuntos Jurídicos e Relações Institucionais encaminhou um ofício à Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes solicitando acesso ao inquérito que apura o caso.
No documento oficial assinado pelo procurador-geral do Município, Filipe Hermanson, a Prefeitura reitera sua colaboração com a Polícia Civil e reforça a necessidade de garantir justiça à família da vítima. “Estamos atuando firmemente para que este caso seja tratado com o devido rigor e que os responsáveis sejam penalizados, inclusive com reparações materiais à família afetada”, diz o texto.
A Prefeitura também destacou que o episódio foi uma ocorrência isolada, mas que não será tolerada. O Cresamu realiza mais de 2,8 mil atendimentos por mês em Mogi, sendo mais de 2 mil deles presenciais. "Não aceitaremos que atitudes irresponsáveis manchem o trabalho de tantos profissionais comprometidos. Mais do que isso, não aceitaremos menos do que um atendimento digno e que valorize a vida da nossa população”, concluiu Rebeca.
Polícia Militar atende denúncia de maus-tratos e animais são resgatados em Guararema
Equipe encontrou dois cães em situação de negligência; um deles estava visivelmente debilitado e sem acesso a água e alimento. Prefeitura recolheu os animais.
Durante patrulhamento, a Polícia Militar recebeu uma denúncia de maus-tratos a animais e se dirigiu ao endereço informado, em Guararema. No local, os policiais fizeram contato com a responsável pelo imóvel, que negou os maus-tratos e informou que o animal citado havia passado por cirurgia em 2021 para retirada de um tumor na região lombar, o que teria resultado em emagrecimento progressivo.
A moradora permitiu a entrada da equipe e indicou o local onde o animal estava. No espaço, foram localizados dois cães: um nas cores branca e preta, visivelmente magro e debilitado; e outro, de cor cinza, com aspecto saudável, mas mantido em um ambiente sujo, sem água ou alimentação disponíveis.
Diante da situação, a responsável foi conduzida à Delegacia de Polícia de Guararema, onde foi registrado boletim de ocorrência de natureza “praticar ato de abuso a animais”, conforme a Lei de Crimes Ambientais (nº 9605/98). A mulher foi ouvida e liberada em seguida.
Com o apoio da Prefeitura de Guararema, os dois cães foram encaminhados ao setor de zoonoses do município para os devidos cuidados e avaliação veterinária.
Justiça concede liberdade à criadora de conteúdo Any Awuada e à mãe após fim de investigações
Modelo teve a prisão revogada após juiz entender que não havia requisitos legais para mantê-la detida; ambas seguem respondendo ao processo em liberdade
A criadora de conteúdo Nayara Macedo das Virgens, conhecida como Any Awuada, e sua mãe, Angela Macedo, tiveram a liberdade restituída no início da noite de terça-feira (18). A decisão foi tomada pelo juiz da 2ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, após pedido da defesa, que apontou a ausência de requisitos legais para a manutenção da prisão preventiva.
A atualização do caso foi divulgada em nota oficial da defesa no dia 19 de junho de 2025. No documento, os advogados destacam que, embora o processo siga em andamento, a Justiça entendeu que não havia necessidade de manter a prisão, já que não foram observados os requisitos legais para sustentar a medida cautelar.
As duas estavam presas desde o dia 21 de maio, quando foram detidas em Mogi das Cruzes por suspeita de envolvimento na venda de perfumes e cosméticos irregulares. As investigações da Polícia Civil indicaram que os produtos eram divulgados nas redes sociais de Nayara e vendidos com aparência de itens importados.
Uma cliente chegou a pagar quase R$ 900 pelos cosméticos, mas desconfiou da procedência e fez uma denúncia. A perícia confirmou que os frascos continham substâncias fora dos padrões da Anvisa, como metanol e etanol em níveis impróprios.
Levantamentos bancários apontaram ainda movimentações financeiras expressivas entre as três mulheres investigadas, com valores que chegaram a R$ 1,2 milhão em transações consideradas suspeitas.
Any Awuada é conhecida por publicar conteúdo adulto na internet e, em março deste ano, afirmou ter tido relações com o jogador Neymar Jr. durante uma festa no interior paulista. A assessoria do atleta negou a presença dele no evento.
Segundo a nota assinada pelos advogados, Nayara Macedo das Virgens e Angela Macedo “estão devidamente livres e responderão aos demais desdobramentos processuais em pleno gozo da liberdade, direito este que sequer deveria ter sido tolhido”.
Na madrugada deste domingo (08/06), três indivíduos foram flagrados pela Guarda Municipal de Mogi das Cruzes (GCM) praticando pichação na parte externa da Igreja Matriz, na região central de Mogi das Cruzes. Entre os indivíduos envolvidos - todos residentes de Guararema - estavam dois menores de idade. Multa de R$ 11,9 mil foi aplicada ao maior de idade. Todos responderão no rigor da lei.
As câmeras de monitoramento da Secretaria de Segurança Pública de Mogi das Cruzes flagraram cinco indivíduos praticando pichação, que é considerado crime ambiental no Brasil, de acordo com o artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais). A pena prevista é de detenção de três meses a um ano, além de multa. Imediatamente, a CGM foi acionada e com a aproximação das viaturas, o grupo tentou fugir. Três foram apreendidos. Durante a abordagem, foi encontrado com o maior de idade uma mochila portando o spray. Os indivíduos confirmaram o delito.
O autor da pichação, maior de idade, responderá pelo crime ambiental, que pode ser agravado. Segundo o inciso 1º da lei, se o ato é realizado em monumento ou local tombado, devido ao valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena passa a 06 meses, até 01 ano de detenção e multa. Os demais envolvidos também foram enviados à Polícia Judiciária e responderão pelo crime correlato.