Mogi das Cruzes

Mogi terá uma nova rodoviária e mudanças nas secretarias, diz Caio Cunha 

Em café da manhã com jornalistas, prefeito falou sobre a adoção ou não do “passaporte de vacinação” na cidade e da nova rotatória do Habib’s 

Vania Sousa

Publicado

há 2 anos

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Mogi terá uma nova rodoviária e mudanças nas secretarias, diz Caio Cunha 

Júlia Andrade

O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, reuniu na segunda-feira (30) vários editores e chefes de redação para um café da manhã em seu gabinete, onde falou sobre a programação dos 461 anos da cidade e anunciou um pacote medidas que estão sendo tomadas, entre elas, a possibilidade do passaporte da vacina, a troca da empresa de coleta de lixo, a polêmica da instalação de um pedágio na Mogi-Dutra, as mudanças na rotatória do Habib’s e o projeto de uma nova rodoviária, já aprovado. 

Na ocasião, o chefe do Executivo anunciou que haverá uma modificação no Terminal Rodoviário Geraldo Scavone. “O espaço terá uma nova concessão, uma obra grande, que viabilizará a estrutura de um “minishopping” no terminal. Com isso, o local abrigará lojas comerciais que vão valorizar o espaço”, afirmou. A contrapartida da mesma empresa é que ela também fará a manutenção dos terminais rodoviários.

Caio também falou das mudanças na região da rotatória da praça Kazuo Kimura, no Mogilar, popularmente conhecida como “Rotatória do Habib’s”. Sobre isso, ele fez questão de dizer que “em lugar nenhum do mundo” existe uma rotatória com oito semáforos. A expectativa, de acordo com a administração, é que o término das obras aconteça até o final deste ano.

O chefe do Executivo adiantou algumas mudanças para a região. “Antes se falava de viaduto, mas não queremos um sistema que flua sem a rotatória, com a direita sempre livre, com os quatro cantos: um cruzamento e um sistema de retorno”, explicou o prefeito. Ainda segundo ele, o sistema que será implantado facilitará a locomoção de quem vem sentido César de Souza.

Passaporte

Sobre a adoção ou não do “Passaporte da vacinação” na cidade, Caio disse que, embora já tenha sido adotada pela prefeitura de São Paulo e Suzano, essa é uma medida delicada e ainda está sendo estudada. “Tudo o que é obrigatório acaba sendo muito pesado, ditatorial. A gente quer fazer mais na base da consciência e também ter alguns benefícios em relação a isso”, afirmou, dando exemplos de empresas que ofereceram promoções a vacinados, em vez de obrigá-los a se imunizar. 

A obrigatoriedade do comprovante de imunização contra a Covid-19 será feita para a entrada em comércios, bares e restaurantes.

Lixo

Sobre a troca de empresas coletoras de lixo, Caio Cunha explicou: “Eu não escolhi ter esse desgaste, mas foi necessário. Enquanto isso, pouquíssimo se falou do aterro sanitário, pois uma PPP (Parceria Público-Privada) autorizando a construção de um aterro na cidade exige um projeto enorme. Então, começamos a negociar, inclusive a administração de área e limpeza urbana. Tentamos negociar com a CS Brasil, mas eles logo sinalizaram que não aceitavam um contrato emergencial, sendo que o prazo deles seria só até agosto. Então, precisávamos de tempo para começar a fazer do zero, e não daria tempo. Foi aí que tivemos que recorrer à empresa atual (Peralta), que tem um nível igualado à da anterior. E fizemos essa transição em uma semana. Uma PPP demora cerca de um ano para ser feita, agora teremos esse tempo”.

Crise hídrica

Devido à falta de chuvas, todos os reservatórios do Estado de São Paulo estão abaixo do nível normal. Sobre isso, o prefeito disse que existe, sim, a possibilidade de uma crise hídrica, mas o Semae já está se preparando. Contudo, a perda hoje é de 50%. “Atualmente, o preço é mais assustador, em se tratando da compra de água pela Sabesp, principalmente em Brás Cubas. Nós estamos jogando fora R$ 24 milhões por ano e o Semae está investindo alto para resolver tudo isso. Acredito que, se não chover, em janeiro ficaremos numa situação bem complicada”, frisou.

Pós-pandemia

Entrando num período mais tranquilo após os altos índices de casos de Covid-19, o prefeito de Mogi frisou que pretende não justificar mais as coisas por causa da pandemia. “Eu não quero deixar para fazer as mudanças necessárias e também manter o contato com as pessoas, conhecer os problemas dos bairros. Vamos entrar num novo ciclo. Esta semana, vamos protocolar uma mudança na Secretaria de Gabinete, que será de Transparência. Vamos reorganizar, não é reforma administrativa. Teremos o apoio da Fipe ou da FGV, pois precisamos de um estudo mais aprofundado. Não criaremos nenhum outro cargo. Vamos unir a Secretaria de Obras com Serviços Urbanos, que será Secretaria de Infraestrutura Urbana. Existe todo um projeto para isso”, finalizou.  (Colaborou Júlia Andrade)