Editorial
Caio acusa Mara de confundir população com propaganda
Ex-prefeito diz que gestão manipula fatos e nega ter assinado o pedágio

O debate sobre o pedágio da Mogi-Dutra voltou ao centro da política mogiana, reacendendo divergências entre o ex-prefeito Caio Cunha e a atual prefeita Mara Bertaiolli. Em vídeo recente, Caio acusou a gestão de “usar o dinheiro público para enganar e manipular a população”, referindo-se a uma campanha institucional exibida em horário nobre da TV sobre o tema. Segundo ele, o material teria sido produzido para confundir os cidadãos, sugerindo que o contrato do pedágio foi assinado ainda em seu governo, o que ele nega categoricamente.
Caio afirma que sua administração lutou contra a instalação do pedágio desde 2021, mantendo diálogo com o Governo do Estado e protocolando manifestações formais. “O pedágio não foi implementado justamente porque nossa gestão nunca assinou nenhum documento que permitisse isso”, destacou.
Para sustentar sua versão, Caio cita o site radarppp.com, que reúne documentos públicos e o histórico das negociações com o Estado. Ele desafia os mogianos a verificarem o que foi feito no período da atual administração. “Agora procura esse ano da gestão atual, vê se ela fez alguma coisa”, ironiza. O ex-prefeito também reforça que a luta contra o pedágio não terminou e que a população deve continuar cobrando o governo estadual e os representantes da cidade. “Daqui a pouco essas liminares vão cair, então não desistam”, alerta.
Enquanto a polêmica cresce nas redes e nas ruas, o que se impõe é a necessidade de transparência e responsabilidade com o dinheiro público. A população de Mogi das Cruzes merece mais do que vídeos publicitários e acusações cruzadas, precisa de informações claras, documentos públicos e ações concretas que mostrem quem, de fato, defendeu a cidade e quem tenta apenas se defender dela.
O pedágio da Mogi-Dutra já ultrapassou o campo das obras e contratos, tornando-se símbolo de como a comunicação pública pode ser usada para esclarecer, ou para confundir, o cidadão.




















